CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 14 A 20 DE MARÇO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
BICHOS GENTE AMBIENTE
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clovis Mattos
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
BERTA RIBEIRO
Edição:
1ª
Ano de publicação:
2013
Gênero:
Paradidático infantil
Editora:
TantaTinta
A obra
Alegria, diversão, beleza, respeito,
riqueza, conservação e integração são
palavras que definem este livro
paradidático repleto de informações e
atividades. Animais da fauna brasileira
são apresentados em ordem alfabética
com textos informativos, científicos e
poéticos. Além disso, 27 atividades
lúdicas envolvendo diversas áreas do
conhecimento despertam nas crianças a
motivação, a curiosidade e o prazer em
desenvolvê-las. A introdução ao mundo
das letras e a convivência harmoniosa do
homem com a natureza são a proposta
deste livro, conduzindo o aprendizado
com muita alegria.
Eixos de aprendizagem
Comunicação e Expressão;
Conhecimentos lógico-matemáticos e
Conhecimentos da natureza e
sociedade.
Temas Transversais
Ética, Cidadania , Meio Ambiente,
Natureza e Sociedade.
A autora
Iraci C. Romagnolli Dias
é
natural do interior de São Paulo,
formada em Pedagogia Infantil pela
Universidade de Cuiabá e especialista
em Educação Infantil pelo Instituto de
Pesquisas Avançadas em Educação, do
Rio de Janeiro.
Começou na profissão na Classe
de Alfabetização, em Cuiabá-MT, na
qual atua até hoje.
No Mês das Mulheres, depois de
Madalena Caramuru, Berta Ribeiro é a
homenageada em
Terra Brasilis
. Conheci
Berta Ribeiro em princípios dos anos 90.
Moradora do bairro mais carioca do Rio,
Copacabana, seu apartamento exibia
objetos indígenas do mais fino trato
artesanal. E era na rede de balouçar feita
com fios de seda
de buriti tecidos
por mãos de
mulheres
xinguanas que
gostava de
receber suas
visitas.
Nosso
encontro ocorreu
quando a
etnóloga
organizava a
exposição
Amazônia
Urgente: cinco
séculos de
história e
ecologia
que
também nasceu
em livro. Pediu-
me espigas de
milho cultivadas
nas roças de
toco do povo
Nambiquara,
com sementes
em tantos tons de
amarelo e
vermelho, numa
combinação de
cores e formas
jamais pensada,
a não ser pela
ação ousada da
natureza. E era
da aldeia
Nambiquara
que as espigas
chegavam ao
Rio para
compor a
exposição que
esteve na
Estação do
Metrô, no Rio de
Janeiro, e que
depois seguiu
para São Paulo,
Belém e outros
cantos
brasileiros.
A romena
Berta Ribeiro
(1924-1997),
doutora em
Antropologia
Social, foi
professora do Museu Nacional e da
Escola de Belas Artes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. A mais
brilhante estudiosa da cultura material
dos indígenas do Brasil, com Darcy
Ribeiro realizou pesquisas com os
Kadiwéu, Kaiwá, Terena, Ofaié-Xavante,
Kaingang, Xokleng. Escreveu
Diário do
Xingu
,
A civilização da palha
,
Antes o
mundo não existia
,
Arte indígena –
linguagem visual
,
O índio na cultura
brasileira
,
Os índios das águas pretas
,
Dicionário do artesanato indígena
, afora
aqueles sob sua organização como a
Suma etnológica brasileira
, todos
resultados de suas minuciosas pesquisas
de campo.
Sobre Berta, quem finaliza a
homenagem é a antropóloga Lúcia
Hussak van Velthen, com quem trocou
tantas cartas:
no estar-no-mundo, o olhar
salta da gravura mundurucu para uma
foto que retrata Berta, uma Berta
Kadiweu, lindamente pintada. Uma única
concessão a si mesma, da parte de uma
pessoa que foi tão generosa com todos
que a cercavam, romena de nascimento,
brasileira, mineira, altorionegrina de
coração
.