CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 28 DE FEVEREIRO A 6 DE MARÇO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
Por Carlinhos Alves Corrêa
Carlinhos é jornalista
e colunista social
DAR A VOLTA POR CIMA...
THINK AND TALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo Mickey Mouse ...”
FALTA BANDEIRA
Não vejo Jejé como uma figura
folclórica cuiabana. Vejo, sim, como um
ser humano de luz, que serviu de escada
para massagear o ego da vaidade de
muita gente boa, principalmente dos
políticos. Lançou novos e típicos
comportamentos. As suas vestes davam a
característica sábia das roupas dos padres,
porque sonhava ser um deles. O
preconceito falou mais alto. José Jacinthos
de Siqueira, conhecido como Dino Danuza
ou simplesmente Jejé, enfrentou os altos e
baixos desta sociedade mesclada de
negros, índios, brancos. Enfim, vivemos até
hoje numa referência social de lado a
lado. Jejé foi referência e padrinho de
quase todos os profissionais que atuam
nesta área ou se espelhavam nele. Sinto
que falta bandeira da classe dos colunistas
em prol do mesmo. Muitas vezes a
solidariedade com amor ajudará o papa
do colunismo social. Vivemos num mundo
de corações endurecidos, individualista.
Esquecemos de fazer a caridade para
preparar a alma e equilibrar o espírito.
Tudo é passageiro quando não semeamos
amor ao próximo.
APARIÇÕES PÚBLICAS
Com respeito ao ser humano
chamado Jejé, as aparições públicas vêm
causando um pouco de indignação com
a sua imagem. Para mim, que conheço
bem o papa do colunismo, ele não deve
estar feliz. A classe política que o
conheceu, ou as velhas raposas da
política, empresários, sociedade em
geral, deveriam mover uma ação em prol
da sua pessoa. É revoltante vê-lo nesta
situação calamitosa. Quando estava em
plena forma, fazia suas visitas em diversos
órgãos do Estado, principalmente nos
gabinetes de políticos, onde muitas vezes
era maltratado por algumas secretárias. É
triste ver a sua condição de sobrevivência,
totalmente debilitado por falta de
atenção e de política pública para o
idoso. Vamos mover uma ação pela
sociedade, por ex-governadores e
lembradas primeiras-damas do Estado,
ex-prefeitos que foram figuras
carimbadas em suas colunas. O gesto
solidário falará mais alto, sem alarme.
NADA MUDOU
Desde a abolição da escravatura até
este século nada mudou. Continua quase
na mesma, principalmente o preconceito
que reina solto. Exemplo: as cotas raciais
nas universidades do país, o crescimento
alarmante das favelas, a novela “Lado a
lado” que é a verdadeira realidade do
país. Até hoje esses tipos de
comportamentos existem, onde se mescla
a sociedade de diversos modelos.
Engraçado: o samba, a capoeira que era
censurada naquela época, hoje é a vitrine
para o mundo do nosso carnaval,
abrindo as portas para o turismo.
Antigamente em Cuiabá havia muitas
Constâncias, papel vivido por Patrícia
Pilar, como a baronesa da Quinta da
Boa Vista. As Constâncias de Cuiabá
gostavam de pular cerquinha, de flechar
homens bonitos com os olhares, tomar os
drinques nas escuras. Tudo era pelo
social.
NOSSOS POETAS
O sonho transformou-se em
realidade. Já visava em seus escritos
futurísticos de Carmindo de Campos, D.
Francisco de Aquino Corrêa, Virgílio Alves
Corrêa Neto, Silva Freire, José Barnabé
de Mesquita, Lenine Póvoas, Rosário
Cangro, Dunga Rodrigues, Maria Arruda
Muller, entre outros que viam a terra
descoberta por Pascoal Moreira Cabral se
transformar em metrópole. E há ainda
gente sem cultura que visa Cuiabá como
“terra de índio, feras soltas, cobras,
matas, falada por alguns foliões no
desfile da Mangueira”. A realidade é
outra. Do Ribeirão da Prainha que corta a
cidade foram retiradas em um mês 400
arrobas de ouro! Uma capital que se
prepara para receber visitantes do mundo
para conhecer as belezas naturais do
Pantanal, Chapada dos Guimarães,
delícias da nossa culinária como “cabeça
de pacu ensopada”. Muitas vezes o turista
não sai daqui ou volta outras vezes.
Há momentos na vida em que as
coisas parecem não estar nada bem. A
gente precisa respirar fundo, encarar os
problemas e simplesmente dar a volta por
cima! Ou seja, precisamos bater no fundo
do poço e quicar de volta para topo.
Às vezes caímos, mas temos de ser
capazes de “
quicar de volta
”.
Claro que em português não fazemos
o uso do verbo “
quicar
”. No entanto, em
inglês, para dizer “
dar a volta para
cima
”, eles usam o
phrasal verb
“
bounce back
”. Esse “
bounce back
”
traduzido literalmente seria algo como
“
quicar de volta
”. Os dicionários definem
“
bounce back
” assim:
“
to become healthy, happy, or
successful again after something bad has
happened to you
” (Macmillan Phrasal
Verb Plus)
Portanto, lembre-se “
dar a volta
por cima
” em inglês é “
bounce back
”.
No entanto, podemos também traduzir
por “
recuperar-se
”. Para facilitar, vamos
aos exemplos:
·
She’s had a lot of problems,
but she always
seems to bounce
back pretty
quickly.
(
Ela anda
tendo muitos
problemas, mas eae
sempre parece dar a
volta por cima
rapidinho.
)
·
Sara is
sad about Mike
breaking up with
her, but she’ll
bounce back.
(
Sara
está triste pelo fato
do Mike ter
terminado com ela,
mas ela vai dar a
volta por cima.
)
·
Paul is
young enough to bounce back from
this disappointment.
(
Paul é novo o
bastante para se recuperar dessa
decepção.
)
That’s all for now!