ULTURA
or Luiz Marchetti
otos: Divulgação
Luiz Marchetti é
cineasta cuiabano,
mestre em design em arte
midia, atuante na cultura de
Mato Grosso e é careca.
CUIABÁ, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2013
A BANDA IDIS, com um som autoral, vem com muito barulho dançante para o GRITO ROCK Cuiabá: onde tudo começou.
As garotas da banda confirmada para a programação do dia 2 de março preparam coreografias, passos, distorção e melodias
modernamente trabalhadas. Daniele Vallejo – vocal, Luana Cella – baixo, Michelle Meza – guitarra e Natasha Hóra – bateria
avisam que não se prendem a um estilo mas são admiradoras do rock britânico descolado, do disco/punk, do fervor do indie-
rock concentrados em laquê, neon e maquiagem. Daqui de Campo Grande (MS) com a pegada indie rock, fica o convite para
o sábado de GRITO ROCK Cuiabá no Clube Feminino, às 19h. Todo mundo convidado para dançar IDIS!
Durante meu tempo de
universitário-clubber,
numa pista do
Festival Sonar ainda no MACBA -
num susto deparei com um
cuiabano, a pista tava meia-boca
ainda que o Festival estremecia.
Não deu outra: nos reconhecemos e
comentamos a embromação do
star DJ convidado. Ele era a febre
nas mags de eletrônica mas ao vivo
era uma decepção.
O papo era sobre a cena
dance na Barcelona pós-Ibiza e o
que faríamos ao voltar pós-férias
da Uni para Londres. Comentei que
no Club onde eu trabalhava como
garçom iniciavam timidamente uma
dupla chamada “The Dust Brothers”
(depois Chemical Brothers), e nós
como todos os
locals
iríamos dar a
força pra decolagem dos feras.
Fascinante o quanto os amigos e os
locais sempre promoveram na
Europa os santos de casa. No meio
do barulho do Museu de
arcelona, saímos da pista e caminhamos pelo Festival
bservando a exposição da Sony com seus mais novos
paratos musicais. A saudade bateu e não deu outra:
omentamos que o que mais faltava ali na pista era um pouco
ais de entrosamento, menos carão e mais familiaridade com
público.
Noutro mundo distante de tudo onde os abastados
iajavam para voltar esnobando e os mais
humirdizinhos
hacoalhavam os quadris para esquecer a semana, um
oreno surgiu decidido a animar a pista com menos
stentação e mais swing. Com as mãos no vinil querendo
legrar, e não esnobar ineditismo, Vasquinho Neves marcou
inha geração e de muitos que por aqui resolveram bater um
abelo no finde.
Agódeque
que essas gurizada caríssima que vem para cá
levar a dinheirama sabem de nossa
cena! O marketing insiste
que santo de fora levanta mortos na pista e eleva números na
bilheteria, mas aqui entre nós, todos sabemos, o DJ alavanca
o que você tem dentro, milagre nem Jesus Luz consegue por
muito tempo. Manter a Madonna satisfeita e o
clubbers
ativos
de Cuiabá é uma tarefa duas vezes mais difícil quando se
mora, investe em aparelhagem e insiste na cena em Mato
Grosso sem forçar o carão e o biquinho. Essa aventura
delicada de gostar do que faz e do público, de se aproximar
das pessoas e saber nomes de todos ali na luz piscando é uma
das façanhas que mais admiro em Vasco Neves, desde a
época do Cubatão no Rio, no Tênis Clube e em outras pistas.
Buscar novidades é uma característica de todo e qualquer
segmento sociocultural, a do DJ evidencia uma pesquisa de
campo delicada, porque muitas vezes pode até assustar o
público. Apresentar
tunes
com inovações numa roda de
amigos às vezes é mais difícil porque a familiaridade
disponibiliza uma aproximação na qual qualquer um se sente
no direito de gritar, de cobrar mesmo aquela e aquela outra
música do BBB. Na leitura do público na pista, tentando
agradar os gregos e os várzea-grandenses, fica a fina fronteira
de manter vivo o prazer de fazer dançar e a habilidade de
mostrar outros ritmos. Quando se é santo do Boa Esperança
mantendo uma profissão numa cena alegremente oscilante,
acreditem, o aplauso merece ser em pé: Bravo, Vasquinho,
oxalá os organizadores dos eventos mundiais da FIFA
reafirmem seu nome como todos nós por aqui sempre fizemos
quando se trata de festa legal e sem moagem.
VASCO NEVES é o DJ do LOUNGE DA CASA DO
PARQUE nesta quinta-feira dia 21 às 20h.
DJ VASCO NEVES: (65)9968 6682
Reservas para o Lounge da Casa do Parque: (65) 8153
9466/ 9683 7443 com Kharina Nogueira e A Casa do Parque
(65) 3365 4789
Rua Marechal Severiano de Queiroz, 455, Cuiabá - MT,
78043-372
IA THEREZA JOÃO NA TEMPORADA SESC DE TEATRO
O grupo formado por JoaÞo Manuel Mota, Thereza Helena, Felipe Vicentim e
Frank Busatto participará com duas obras nesta temporada:
“ELA LAVA, ELE ENXUGA” E “A CIDADE SEM SOL”
Ambas são adaptações de textos literários, desenvolvidas
em projetos do Sesc MT .”Ela Lava, Ele Enxuga” foi
concebida a partir de crônicas e contos de Fernando
Sabino, apresentado pela primeira vez no projeto “Poesias,
Versos e Cordas” em junho de 2008 ainda no formato de
leitura dramatizada. A partir de então a companhia
transpôs para a linguagem teatral esse espetáculo que é
composto de cinco esquetes, entremeadas por trechos da
crônica “O sexto sentido das mulheres”.
“A Cidade Sem Sol” é a adaptação teatral da novela
infantojuvenil homônima, da escritora
LUCINDA
PERSONA.
A peça foi produzida para o projeto “Teatro
de Letrinhas” e estreou em outubro de 2009 também no
Sesc Arsenal. Lucinda Persona, natural do Paraná, é uma
das mais espetaculares poetisas que conheci em toda
minha pesquisa e paixão literária. Lucinda vive e trabalha
aqui em Cuiabá, escrevendo poesias, contos e romances.
Detalhe: atenção ao trabalho musical de
A Cidade Sem
Sol
que foi desenvolvido pelo maestro Habel Dy Anjos.
“Ela Lava, Ele Enxuga”
Dias 1, 2 e 3 (sexta, sábado e domingo)
às 20h no Teatro do Arsenal
“A Cidade Sem Sol”
Dias 2 e 3 (sábado e domingo)
às 17h no Teatro do Arsenal
INFO: (65) 3616 6901
As duas peças são de classificação livre.
Vasquinho, onde e quando tudo começou?
Comecei tocando em festas na casa dos amigos, até
então não existia ainda a figura do DJ. Isso só foi
acontecer com o aparecimento das boates, sendo a
primeira delas a Boate KOXIXO no Coxipó.
Uma cena da noite que te marcou. E por
quê?
Foi a inauguração da boate do Cuiabá Tênis Clube,
um luxo porque até então a sociedade cuiabana só ia a
clube e quem ia a boate era meio marginalizado.
Qual a música mais pedida?
Cada época tem a sua música e o seu ritmo do
momento.
Fora de Cuiabá, que clube que você curte?
Suas influências vêm da onde?
Viajo pouco, mas tenho as minhas fontes nos
grandes centros do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Porto Alegre, etc.). Mas a minha formação vem
do Rio de Janeiro nas figuras de Big Boy (Rádio Mundial
e os Bailes da Pesada), Pedrinho Nitroglicerina (Boate Le
Bateau), Ricardo Lamounier (New York City Discotheque) e
Amandio (Sótão Discotheque, na Galeria Alaska, na
época o melhor som do Rio de Janeiro)
Lounge da Casa do Parque: qual será a
pegada nesta primeira noite?
Estamos na época da Lounge Music, boa para se
ouvir batendo um bom papo com os amigos, namorar
um pouco e por que não também dançar? Essa será a
pegada dessa noite, um som chique, sofisticado e que
espero ser a primeira de uma série.
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