CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
POETAS DA REDE
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clovis Mattos
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
ORREIOS EM FESTA, FILATELIA EM ALTA
Foi no ano de 1663, no embalo das
ondas do mar-oceano, que os correios
nasceram no Brasil. Naquela época, o
Correio da Capitania do Rio de Janeiro
possibilitou a troca de cartas entre a
Metrópole e sua Colônia. Nos primórdios
da atividade postal brasileira o serviço se
limitou ao trânsito pelo mar. Mas, em
1808, com a vinda
da família real
portuguesa para o
Brasil, quando
Napoleão
assombrava a
Europa, surgiram as
primeiras normas
postais específicas
para o interior. Anos
depois, com a
Independência, que
não se pode
esquecer –
provocada por uma
carta endereçada a
Dom Pedro I – é que
o correio ganhou o
lugar merecido.
São, portanto, 350
anos de histórias e o dia 25 de janeiro é
celebrado o
Dia do Carteiro
. Se antes o
único posto de Correios localizava-se no
Rio de Janeiro, hoje chegam a mais de
5.000 municípios brasileiros e a algumas
aldeias, quando 14
mil índios têm o
privilégio de ter os
serviços de venda de
selos, envio e
recebimento de
cartas e
encomendas,
telegramas e
aerogramas.
No mundo da
filatelia, por
determinação do
imperador Dom
Pedro II, o Brasil
também é lembrado
como a segunda
nação a emitir selos
postais. O primeiro
selo data de 1843 e foi impresso em três
valores: 30, 60 e 90 réis. Conhecido
como
Olho de Boi
, consiste em peças
filatélicas muito cobiçadas por
colecionadores. Desde o século XVII até
hoje, milhares de selos foram impressos
pelo Correio brasileiro. São estampas de
formas, cores, aromas e temáticas
diversificadas que contam de forma
peculiar a História do Brasil.
A temática indígena tem seu espaço
na emissão de selos postais para
homenagear uma população de quase
900.000 índios, de acordo com os dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Para festejar os 350
anos dos Correios, o Clube Filatélico e
Numismático de Mato Grosso, presidido
por Ruben Ferreira, seleciona o selo
Tanga Marajoara
, de Álvaro A. Martins,
de 1981. A peça filatélica refere-se a um
artefato de barro, de uso feminino,
confeccionado por indígenas da Ilha de
Marajó, no Pará, de 400 a 1.400 d.C.
MA QUARTA DE CINZAS
um dia assim meio morno
pão ainda sai quente do forno,
termo fica meio ermo
em contento.
Ao relento de mim leio mais
Que a Quarta de Cinzas,
Leio Cinquenta como se o Penta do Brasil
Fosse mesmo esse furor!
Ano que vem é copa,
Quem tudo topa
Uma hora se fere.
Eu quero muito pouco...
Só um amor que por mim seja louco!
É o que minha deusa interior... Prefere!
ALÉM DO DEVANEIO
Nos últimos acordes, antes que eu acorde do sonho,
O pra sempre dentro de nós eu te proponho! E sim,
Por mais que pareça bisonho, só quero que teu olhar
Tristonho se desfaça nas espumas da areia.
Quero ser tua sereia, e brincar no fim da tarde,
Pois se minha pele arde é reflexo do calor do teu sol.
Um caracol marinho me espreita, como a paz que
Assim, do nada, me aceita como companheira.
Na esteira do meu devaneio, o céu espreito
E carrego na fotografia da alma
Que já não está mais aflita.
Que se a poesia dormita feito confeito
É porque meu espírito se acalma
Porque no teu amor finalmente acredita.
A DEUSA DENTRO DE MIM
Contempla,
Vê o azul do céu
Em fusão
Com o azul do mar.
No templo em que o tempo
Não consome
E nem teu nome mais
Habita-me.
Ela brinca na areia
E ri para o amor
Que lhe ri de canto...
Deve ser o sol
Que a faz estrela, beijando-lhe
Os cabelos em puro encanto.
Mirian Marclay
Advogada, poeta,
interessada em filosofia e
afins... violão, um bom
vinho é requisito. Eu sou
letra e melodia. Uma letra
perdida, um espaço entre
palavras. Quando vago, é o
verso que trago. E quando
me perco, Deus me vê.