CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 7 A 13 DE AGOSTO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
‘
ENCHERACARA’
IN ENGLISH?
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
PROFISSÃO E OFÍCIO
20 ANOS
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
VIDAE LEITURA
VIDAE LEITURA – NARRATIVAS NA
PENITENCIÁRIAFEMININA
Autor: Ana Arlinda de Oliveira
Ano: 2014
Descrição
Esta obra revela aspectos da história
pessoal de reclusas na Penitenciária Ana
Maria Couto “May” - Cuiabá/MT e suas
trajetórias de escolarização, em relação à
leitura. Percorrendo as histórias dessas
mulheres, foi possível desvelar uma
parte de suas memórias sobre a infância
e juventude, e a perspectiva atual do seu
cotidiano, em relação à ressocialização e
inserção social.
Ter acesso à observação das leituras
vivenciadas na prisão significou refletir
sobre qual é a sua contribuição para a
vida das mulheres encarceradas, e se
estas podem produzir um pensar mais
consciente sobre sua realidade como
condição necessária para uma mudança
transformadora das condições de vida.
A leitura se configura como
instrumento para a formação dessas
mulheres, pois, ao ampliar seu
conhecimento sobre o mundo e para
atuar no mundo, podem melhorar a si
próprias, melhorando o relacionamento
com outras pessoas, criando outras
formas de pensar e se comportar, seja no
percurso da pena, seja com o ganho de
sua liberdade.
Captar e refletir práticas de leitura
no presídio feminino ensejou carrear
para o âmbito das políticas prisionais
informações que podem contribuir para a
recuperação das reclusas, por intermédio
de uma escolarização com qualidade e a
promoção de leitura em bibliotecas e
salas de leitura em um espaço não
convencional como a prisão.
Pa r a d i ze r enche r a ca r a em
i ng l ês , você pode usa r uma das
expressões abaixo:
»
go on a dr inking binge
»
go on a dr inking spree
»
go on a bender
»
ge t bl ind drunk
Essas expressões t ambém
podem se r usadas pa r a d i ze r
“
tomar todas e ma i s a l gumas
” ,
“
entornar o ca ldo
” , “
tomar um
porre
” e ou t r as ; a f i na l , es sas são
maneiras diferentes de dizer
‘ enche r a ca r a ’ em por t uguês .
Veja alguns exemplos:
*They wen t on a dr i nk i ng
binge l as t night and now they’ re
fee l ing awful . (El es encheram a
ca r a on t em à no i t e e agor a es t ão
se sen t i ndo pés s imos . )
*Dude , l e t ’s go on a dr inking
spree tonight . (Mano, vamos
enche r a ca r a ho j e a no i t e . )
*Hey, wanna go on a bende r
t on i gh t ? (E a í , t á a f im de t oma r
todas e ma i s a lgumas hoj e à
noite?)
*Careful , huh! Don’ t ge t bl ind
drunk . (Tome cuidado , he in! Não
vá enche r a ca r a . )
*We a l l got bl ind drunk when
our t eam won t he champ i onsh i p .
(Todos nós enchemos a ca r a
quando nos so t ime ganhou o
campeonato.)
*Tonight l e t ’s ge t bl ind drunk!
(Vamos tomar todas e ma i s
a lgumas hoj e à noi t e . )
Vale dizer que quando o
cont exto de ixar c l aro que es t amos
falando de bebidas, a palavra
“drinking” pode ser deixada de
for a na expr es são “go on a
drinking binge”:
*She wen t on a b i nge l as t
n i gh t and now she ’s r ea l l y bad .
(El a encheu a ca r a on t em à no i t e e
agor a es t á ma l pr a ca r amba . )
*Wha t happened? You went on
a binge l as t night ! I s everything
ok? (O que acon t eceu? Você
entornou o ca ldo ont em à noi t e!
Es t á tudo bem?)
Pa r a ence r r a r a d i ca sobr e
como d i ze r enche r a ca r a em
ingl ês , anot e a í que “
binge
dr inking
” é o t e rmo usado em
i ng l ês pa r a desc r eve r o consumo
excessivo de bebidas alcoólicas
em um ún i co momen t o (
em uma
balada , por exemplo
) . Não
confunda “binge drinking” com
“
al cohol i c coma
” (
coma
al coól i co
) . Podemos
traduzir ”
binge drinking
”
como ”
abuso exces s i vo de
álcool
”.
Uma flor que desabrocha
no menor sentimento. Um
animal forte capaz de
car regar o ma ior dos fardos .
Equilíbrio para as horas mais
periclitantes. Assim se
traduz um exemplo de
pessoa . E eu t enho em casa
o melhor dos exemplos:
Dona Hilce. Minha mãe é a
pessoa mais honesta que já
conheci. Nunca vi ninguém
falar um “a” sobre ela. Bate
na hora que t em de ba t er,
assopra quando tem que
assoprar. Nunca se me t eu em
política. Batalhadora,
es forçada , que se me t e s im,
graças a Deus , na nossa vida
e cuida como ninguém das
pessoas que es t ão em vol t a .
Explosiva, de personalidade
for t e , sabe mos t rar os
caminhos, ser dura quando
preciso, e o maior coração
do mundo 24 horas por di a .
Escrevo sobre minha mãe
para agradecer-lhe por não
ter desistido dos meus
sonhos, pela educação que
me proporcionou, pelas
varinhas de marmelo, pelos
puxões de orelha, pelo
carinho na hora e na medida
cer t a . Poi s sem sua força de
vontade não estaria
completando 20 anos de
carreira profissional, aos 39
anos . Por ma i s que houvesse
dúvidas, foi minha mãe que
sempre acreditou que
poderia, sim, ter dignidade
de forma hones t a , e
principalmente fazendo e
praticando o bem. Obrigado,
mãe. E que Joãozinho e
Maria Flor sigam sempre o
seu exemplo.
20 ANOS II
Todo mundo sabe que
tenho o maior orgulho de ser
publicitário. Nesses 20 anos
de carreira fiz muita coisa.
Dentre elas, talvez possa
estar no hall das mais
relevantes, construí o layout
e a marca do
Ci rcui to Mato
Grosso
. Um editorial ímpar, a
verdade doa a quem doer,
tanto que durante anos
usamos como slogan “O
jornal que fala a verdade”.
Pérsio e Flávia sempre
foram muito transparentes e
foi muito fácil matar a
charada: a marca, que
perdura até hoje, foi feita em
menos de 5 minutos .
Tivemos muitas pedras
no caminho, mas engraçado
que naquela época eu já tinha
certeza que o jornalismo
independente do nosso jornal
iria longe, completaria 100,
200, 500, 1.000 edi ções .
Avante Flávia e Pérsio.
Vamos continuar a jornada
que a es t rada é longa .
CURTINHAS 1
A equipe de um
candidato ao governo queria
que minha secretária, uma
senhora de 65 anos ,
prestasse um depoimento
para sua campanha.
Moradora da Praça da
Mandioca desde que nasceu,
achou que era uma forma de
representar bem a cercania
onde mora . Não é que o
pessoal da praça se reuniu e
não deixou ela falar?
– Baixinha. Não vamos
deixar você gravar para não
manchar seu nome , nem o
nosso nome, mexendo com
político corrupto.
Vai vendo.
CURTINHAS 2
Debandada geral na
campanha. E não é do Pedro!
(Srrsrrrsr). Tem deputado
federal que ainda não coçou o
bolso e está tendo uma
debandada geral na sua
equipe de produção. É
internet, é cinegrafista, é
editor, todo mundo
procurando, de novo, uma
boquinha. Ninguém está a fim
de trabalhar de graça. Aliás,
campanhas franciscanas, só
Pedro diz que vai ter. Diz
que. Por lá fiquei sabendo
que anda tudo em dia.
Há um ditado chinês que
diz: “aquele que consegue
sobreviver fazendo o que
gosta é o mais rico de todos
os homens”. Muito
interessante perceber que,
nesta visão, sobreviver é
uma riqueza, pois a pessoa
faz o que gosta.
E fazer o que se gosta é
fundamental. Afinal,
vivemos o que fazemos. É
muito comum observar que
se escolhe a profissão pelo
que se recebe e não pelo que
se faz. Ou seja, preocupa-se
com o fim sem se preocupar
com os meios. E, neste
meio, está simplesmente a
vida cotidiana! De que
adianta receber os proventos
de um médico se não se gosta
de vivenciar o dia a dia de um
hospital, por exemplo?
Assim, profissão passou a
ser sinônimo de proventos,
quando é bem mais que
isso. Então, proponho
reutilizar outra palavra
aqui: ofício. Refiro-me à
linha do “santo ofício”,
quando temos em nossa
atividade de labor, ao
mesmo tempo, o
sustento material e o
espiritual. Santo ofício
seria fazer aquilo que se
gosta, aquilo que
promove o bem, aquilo
que colabora na
sociedade e, ainda, que
traz o sustento. É uma
meta de vida ou, pelo
menos, deveria ser.
Se isso soa meio utópico,
podemos, pelo menos,
trabalhar com esta meta em
mente. Assim, faremos o bem
durante nosso expediente,
atuaremos eticamente em
nossa profissão, buscaremos a
espiritualidade em todos os
nossos momentos e,
principalmente, não
deixaremos de fazer o que
gostamos de fazer e
buscaremos a prática da
caridade e do voluntariado.
Assim, se não podemos
sobreviver do que gostamos,
pelo menos poderemos viver
com mais integridade moral...
Complexidade remunerada.