EDIÇÃO IMPRESSA - 476 - page 2

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CIRCUITOMATOGROSSO
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Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 20 A 26 DE FEVEREIRODE 2014
OPINIÃO
P
G
2
ENTRE ASPAS
EDITORIAL
PÓ DE ARROZ
Foto: Mary Juruna
JUÍNA
Prefeito lutacontraaumentode reserva
Alguns municípios da região Noroeste já têm mais de 60% de suas áreas como reserva indígena
#BOMBOUNAREDE
Sandra Carvalho e
Douglas Corrêa
Há pelo menos oito
anos a Fundação
Nacional do Índio (Funai)
vem estudando a
ampliação de reservas
indígenas na região
Noroeste de Mato
Grosso. A área em
estudo envolve os
municípios de Sapezal,
Brasnorte e Juína que já
têm mais de 60% de seus
territórios como
reservas. As
conversações estão
preocupando as
autoridades políticas e a
população destas cidades,
o que tem levado os
prefeitos a, juntos,
buscarem uma solução
para acabar com a aflição
de pelo menos 100 mil
moradores da região em
questão.
Hermes Bergamin,
prefeito de Juína, conta
que por várias vezes já
esteve na sede da Funai,
em Brasília, procurando
soluções. “Estou viajando
há praticamente trinta
dias pra tratar desse
assunto e já sentei várias
vezes com o governador
Silval Barbosa pra
tratarmos da ampliação
das reservas indígenas
dos Enawenê-Nawê”,
relata o prefeito que foi o
primeiro a procurar a
Funai e o Governo do
Estado para debater o
assunto.
Bergamin conta que
nessas idas e vindas a
Brasília percebeu que
alguns deputados e
advogados são impedidos
de participar de reuniões
sem um motivo
justificável e que isto
estaria impedindo um
debate mais democrático
em torno da demarcação.
“Eu, como prefeito
de Juína, mostrei à Funai
a realidade dos índios da
nossa região, que os
índios estão passando
necessidades, que não
têm saúde, não têm
estradas de acesso, não
têm escolas. Eles estão
passando por uma
situação degradante e a
Funai, ao invés de só
pensar em aumentar as
áreas indígenas, deveria
começar a cuidar melhor
dos índios aqui da nossa
região”, observa o
gestor.
E ao lembra que Juína
hoje tem 62% de áreas
indígenas, diz incisivo:
“Nós não precisamos de
mais reservas dentro do
nosso município e sim de
atenção para com os
índios”.
Ainda de acordo com
Bergamin, caso a
ampliação da reserva
aconteça, os Enawenê-
Nawê passarão a ter
quase 1 milhão de
hectares de terras, sem
contar que, segundo ele,
a etnia Cinta-Larga é
detentora de uma área
que se aproxima de 2
milhões de hectares.
“Isso vai, sem dúvida,
acabar com a agricultura,
com a pecuária, com a
madeira e por
consequência vai
aumentar o desemprego
na cidade”, alerta.
A Funai deve passar
aos prefeitos de Sapezal,
Brasnorte e Juína, nos
próximos dias, um mapa
das áreas de interesse
para ampliação de
reservas nos três
municípios. Porém, o
governador Silval Barbosa
e o prefeito Hermes
Bergamin já se
manifestaram contrários à
criação de áreas indígenas
no município de Juína.
“O que eu propus foi
firmar uma parceria entre
a Prefeitura de Juína, o
Governo do Estado e o
Governo Federal para
juntos darmos uma
melhor condição de vidas
aos indígenas, pois já
estamos cansados de vê-
los esquecidos pela
Funai, indo pra ponte
cobrar pedágio porque
eles estão à míngua”,
desabafou.
Fotos: Douglas Corrêa
O prefeito Hermes Bergamin lidera movimento contra a
ampliação de reserva indígena na região de Juína
Indígenas sofrem com a falta de assistência à saúde e estradas
Se a Transpantaneira vai receber
apenas uma maquiagem para acolher
milhares de turistas que aqui aportarão
para os jogos da Copa do Mundo 2014
atraídos pelas nossas belezas naturais,
imagine as obras em andamento e
completamente atrasadas... Pelo menos
o secretário de Turismo do Estado,
Jairo Pradela, foi sincero ao dizer que
só há tempo para maquiar o acesso ao
Pantanal, expondo a real falta de
planejamento do Governo para sediar o
Mundial. Enquanto isso, o governador
Silval Barbosa e seu súdito Maurício
Guimarães, secretário extraordinário
da Copa, insistem em garantir que o
VLT vai ficar pronto para até junho.
Uma das únicas certezas até agora
sobre o modal é que o Estado começa
neste mês de março a amortizar o
empréstimo de R$ 727 milhões com a
Caixa Econômica. É certo também que
a Copa vai acontecer e os torcedores
poderão vibrar com essa grande festa
proporcionada pelo futebol. No
entanto, o que se questiona são os
investimentos milionários em obras
que ainda estão engatinhando quando já
deveriam estar prontas, ao mesmo
tempo em que a população sofre com
os transtornos e inclusive riscos de
fatalidades.
“Até agora não temos
um laudo que comprove
que está tudo certo na
Arena. É preciso que o
governo adote medidas
para garantir a segurança
dos usuários.”
Promotor Alexandre Guedes,
sobre possíveis danos causados
à estrutura da Arena Pantanal
em decorrência do incêndio
ocorrido em 2013.
“Tudo está sendo um
estardalhaço.”
Consultor do Consórcio
Mendes Junior, Lúcio
Almeida, sobre indícios
levantados pelo MPE.
“Se tiver 100 operações que
envolvem Mato Grosso vão me
citar em 99”.
Ex-secretário de Articulação
Institucional em Brasília, Eder
Moraes, ao ironizar cumprimento
de mandados de busca e
apreensão em sua residência, em
decorrência da quarta fase da
Operação Ararath.
“Hoje o DEM é uma moça
bonita de pernas grossas.
Todo mundo quer se coligar,
mas vamos avaliar o que é
mais interessante para o
partido.”
Deputado federal Júlio
Campos (DEM) sobre
articulações para o próximo
pleito eleitoral.
“É como uma concessão do
transporte público. Não tem
como uma empresa cobrar um
valor na tarifa e outra
empresa cobrar outro.”
Diretor da Pax Nacional Prever,
Nilson Marques, ao descartar
“máfia das funerárias” em
Cuiabá e explicar que como em
qualquer concessão, preços são
tabelados.
O governador Silval Barbosa (PMDB)
ganhou ‘visibilidade’ nas redes sociais esta
semana graças a uma foto em que ele aparece
numa rodada de pôquer entre amigos.
Acompanhando a imagem, algumas
especulações de que o chefe do Executivo
teria apostado parte da grana do VLT ou ainda
1/3 do valor total da obra da Arena Pantanal...
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