EDIÇÃO IMPRESSA - 455 - page 14

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 29 DE AGOSTO A 4 DE SETEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
MELHOR REMÉDIO
Por José Augusto Filho
A FLAUTA MÁGICA
José Augusto é diretor de
teatro e produtor de programas de
variedades
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
É BEM CUIABANO
A carência de lugares
turísticos ou espaços de
lazer e cultura, que muitas
cidades se esmeram em
cultivar como símbolos de
história e
contemporaneidade, é
pouco notada em nossa
capital. Berço de muitas
tradições que perduram por
muitos séculos, Cuiabá as
vê irem se perdendo
durante décadas, devido
ao descuido e à falta de
interesse. Como não citar o
calor de Cuiabá, que tem
sua temperatura
diariamente falada nos
meios de comunicação do
país, depoimentos na
memória por quem já
morou ou passou por aqui?
Um guia dedicado ao
visitante ou também aos
cuiabanos, que muitas
vezes ignoram alguma das
preciosidades espalhadas
pela cidade, lugares já
famosos ou cantinhos
pouco aparentes, é a
melhor opção neste
momento de remodelação
do novo traçado urbano da
cidade. Fatos ocorridos,
como projetos inviáveis,
não podemos mais aceitar,
pois o tempo é outro, as
pessoas estão atentas ao
momento atual.
Desvendar a cidade
tanto para quem a habita
quanto para o turista que
procura o prazer de
encontrar arquiteturas
históricas e contemporâneas
como museus, feiras de
artesanato e antiquários,
pontos da moda, bares e
restaurantes típicos que
oferecem o que há de
melhor numa cidade.
O cidadão e o turista
têm o maior prazer em ter
ao seu alcance tudo de
melhor que uma cidade
como Cuiabá pode lhe
proporcionar. Isto é bem
cuiabano.
Era uma vez um
caçador que contratou um
feiticeiro para ajudá-lo a
conseguir alguma coisa que
pudesse lhe facilitar o
trabalho nas caçadas.
Depois de alguns dias, o
feiticeiro lhe entregou uma
flauta mágica que, ao ser
tocada, enfeitiçava os
animais, fazendo-os
dançar. Entusiasmado com
o instrumento, o caçador
organizou uma caçada,
convidando dois outros
amigos caçadores para a
África.
Logo no primeiro dia
de caçada, o grupo se
deparou com um feroz
tigre.
De imediato, o caçador
pôs-se a tocar a flauta e,
milagrosamente, o tigre,
que já estava próximo de
um de seus amigos,
começou a dançar.
Foi fuzilado à queima-
roupa. Horas depois, um
sobressalto.
A caravana foi atacada
por um leopardo que
saltava de uma árvore.
Ao som da flauta,
contudo, o animal
transformou-se, ficou manso
e dançou.
Os caçadores não
hesitaram e mataram-no
com vários tiros.
E foi assim, a flauta
sendo tocada, animais
ferozes dançando,
caçadores matando.
Ao final do dia, o
grupo encontrou pela frente
um leão faminto.
A flauta soou, mas o
leão não dançou.
Ao contrário, atacou
um dos amigos do caçador
flautista, devorando-o.
Logo depois, devorou
o segundo.
O tocador,
desesperadamente, fazia
soar as notas musicais, mas
sem resultado algum.
O leão não dançava.
E enquanto tocava e
tocava o caçador foi
devorado.
Dois macacos, em cima
de uma árvore próxima, a
tudo assistiam. Um deles
“falou” com sabedoria: “Eu
sabia que eles iam se dar
mal quando encontrassem o
surdinho”.
Moral da História:
· Não confie cegamente nos
métodos que sempre deram
certo: um dia podem
falhar. . .
· Tenha sempre planos de
contingência.
· Prepare alternativas para
as situações imprevistas.
· Preveja tudo que pode dar
errado e prepare-se.
· Esteja atento às mudanças
e não espere as dificuldades
para agir.
“Cuidado com os leões
surdos”.
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