CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 14 A 20 DE AGOSTO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
O CÃO CHUPANDOMANGA
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
ILUSÃO INFINITA
PARECE 1985
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
VIDAE LEITURA
O que levaria um popstar de
sucesso, ator, humorista,
milionário, querido, a cometer
suicídio? Muitos de nós
estamos focados, exatamente,
em obter tudo o que ele tinha.
Ou seja, sucesso, dinheiro e
fama. E a pessoa se mata!
Qual é, afinal, o sentido da
vida? Parece que, neste caso, a
questão não se resolveu no
sucesso material e profissional.
O que acontece após a morte?
Aqui a coisa começa a tomar
outro rumo, pois o sentido da
vida está diretamente ligado à
questão do “morrer”. Isto é
universal: existencialista ou
espiritualista, todos têm seu
ponto de referência na falência
do corpo.
Aparentemente as
conquistas materiais não
resolvem estas questões, ou
como poderíamos explicar o
suicídio de alguém tão bem-
sucedido na vida exterior? O ato
extremo do suicídio aponta para
outro sentido, o de que as
questões íntimas são as mais
importantes em nossas vidas.
Pensando no que acontece na
parte interior de nossos seres,
além dos órgãos, na parte
intangível, descobrimos que o
que parece ser interno é, no
fundo, a passagem para uma
nova dimensão infinita.
Uns chamam de
psicológico, outros, de mental
e eu prefiro entender como
espiritual. Mas todos hão de
convir: é algo impalpável e,
como tal, imaterial. E, então,
nos deparamos com uma
sociedade materialista, focada
no consumo, desprovida de
valores sensíveis. Nesta
pegada, ou não temos nada,
ou temos perspectivas, ou
temos muitas coisas materiais,
mas elas não completam o
nosso âmago. Não dormem
conosco de noite... Não
sonham nossos sonhos... Não
dialogam com a boca fechada.
Complexidade eterna.
Para dizer que alguém é
feio
em inglês, você
certamente já conhece a
palavra
ugly
. Mas, e quando
você quer dizer que a pessoa
parece
o cão chupando
manga
em inglês? Okay, leia
esta dica e aprenda. É
preciso ressaltar que essa
expressão é considerada
extremamente rude em
português. Você não fala
diretamente para uma pessoa
que ela é tão feia que parece
o
cão chupando manga
; é
uma expressão exagerada e
sempre usada quando a
pessoa, em questão, não está
presente. Há algumas
expressões que são usadas
em algumas regiões para
expressar a ideia de que a
pessoa é muito
feia
. Algumas
delas são:
» have face like a
bulldog chewing a wasp
» look like he/she fell
out of the ugly tree and hit
every branch on the way
down
» have a face only a
mother could love
» have a face that
would stop a clock
» (as) ugly as sin
» butt ugly
Assim como em
português, essas expressões
também são consideradas
rudes. Portanto, não as use
como se fosse algo normal.
São termos ofensivos. Para
não ficarmos só nisso,
aproveite para aprender
algumas palavras que podem
ser usadas no lugar de
ugly
.
» plain
– esse é o termo
considerado politicamente
correto.
Ugly
e as
expressões acima podem ser
tomadas como uma ofensa,
portanto, para amenizar a
situação, as pessoas usam o
termo
plain
. Em português,
equivale a algo como o nosso
“
sem sal
”.
Uma pessoa sem
sal, é uma pessoa sem beleza
alguma.
» homely
– esse é o
termo neutro no inglês
americano; você pode usar o
termo
plain
no Estados
Unidos, mas também tem o
termo
homely
como opção
para amenizar o fato de dizer
que alguém é feio/a.
» have a great
personality
– essa expressão
é parecida com a nossa
“
ser
uma ótima
pessoa
”
ou outras
do tipo. Serve para se referir
ao fato da pessoa ser feia,
mas que devemos olhar para
as qualidades internas dela e
assim notarmos a beleza
interior.
» unconventional
– esse
é o termo usado em
Hollywood para se referir a
um ator ou atriz que foge dos
padrões de beleza. Como não
é legal dizer que precisam de
um ator feio para um filme,
eles preferem dizer que
preferem
uma ‘
unconventional
face’
ou que precisam de
alguém que ‘
have an
unconventional look’
.
» interesting
– usar essa
palavra com o sentido de feio
é algo complicado, pois exige
uma entonação correta na
hora da fala. Ela é usada
quando não conseguimos
pensar em algo mais
apropriado. Quando usada é
comum haver uma pausa
antes dela ser dita:
“
Well, I
think she is [pause]
interesting.
”
A própria
palavra
interesting
também
é dita de uma forma
diferente.
Autora: Neusa Baptista Pinto
Ilustrador: André Zan
Edição: 1ª
Ano de publicação: 2014
Gênero: Literatura infanto-
juvenil
Editora: Carlini & Caniato
Editorial
A OBRA
Quem já é fã do livro
“Cabelo Ruim? A história de
três meninas aprendendo a se
aceitar” (TantaTinta, 2007)
vai rever esta aventura, desta
vez em quadrinhos. Quem
não as conhece vai conhecer
as meninas Bia, Tatá e
Ritinha, que ganharam novas
versões pelas mãos do
ilustrador André Zan. A
história ganha ainda mais
vivacidade graças à
linguagem ágil e tom cômico
dos quadrinhos, facilitando a
leitura e convidando a refletir
de forma lúdica sobre
discriminação racial no Brasil.
AAUTORA
Neusa Baptista Pinto é
jornalista e desenvolve ações
culturais e educacionais com o
uso de seu livro “Cabelo Ruim?
A história de três meninas
aprendendo a se aceitar”
(TantaTinta, 2007), no qual se
baseia este livrinho em
quadrinhos. Neusa atua em
produção cultural e participa de
iniciativas de valorização da
negritude e de combate à
discriminação racial.
O ILUSTRADOR
André Zan desenhou sua
primeira história em quadrinhos
aos 7 anos de idade.
Publicitário, ilustrador e
quadrinista, guia de ecoturismo,
hoje aos 46, é autor das revistas
em quadrinhos “Turma do
Berohoka” e “História é o
Bicho”, ambientadas na natureza
que buscou em Mato Grosso,
onde vive desde 2000, na cidade
de Chapada dos Guimarães.
Estava pensando em que
escrever nesta semana, não
queria escrever sobre cultura
porque, com minha esposa
grávida, não vou nem na
esquina e ando sem novidades,
muito menos de política, pois a
semana passada foi fatal, com o
julgamento do Riva, e me
desanimei depois de escutar o
candidato do PSOL no rádio,
aliás, como faz falta um bom
articulador de palavras para a
maioria dos candidatos, quando,
de repente, alguém postou no
face: “Eduardo Campos, meu
voto sempre foi seu e será”. Só
faltava essa. O cara estava no
‘Jornal Nacional’ ontem! Minha
secretária, a superfada Dona
Val, havia até comentado:
– O senhor viu o rapaz no
‘Jornal Nacional’ ontem? Será
que ele presta, Sr. João?
– Político prestar é difícil,
Dona Val, mas Pernambuco é
um estado muito bem
desenvolvido.
Na hora entrei no site do
Terra, avião cai em Santos.
Nada. Falava apenas sobre o
acidente. Na minha necessidade
urgente de pisciano, fui voando
para o site globo.com, e estava
lá: Eduardo era um dos mortos.
Já havia escrito sobre ele aqui
na coluna. Cabra preparado,
mas com um “Q” de Collor que
me arrepiava. Se bem que hoje
em dia Collor nem é mais
persona não grata, visto tanta
anarquia por aí. Especialistas
acreditavam na subida dele com
o horário eleitoral. O
governador da terra de Lula
conseguiu números
proeminentes contra a violência,
na saúde, no crescimento, fatos
que fazem o governo de Dilma
ainda derrapar. Números que o
colocaram em terceiro na
disputa eleitoral, perto de Aécio,
eterno candidato. Mas não ia
votar nele. Nem pensava em
votar nele, mesmo tendo Marina
Silva como vice. Ela não apitava
em nada, entrou aos 47 do
segundo tempo. Inclusive, se
não participasse da eleição, ela
seria a grande vencedora, ou
pelo menos a principal favorita
a assumir o cargo de Dilma
posterior um segundo mandato.
Como Deus às vezes escreve
certo por linhas tortas, vai
saber. Eu e várias outras
pessoas que votamos em Marina
aguardamos qual será o novo
passo. Sinceramente, minha
ignorância eleitoral não me
permite saber se ela, Marina,
vice de Eduardo, pode ser
candidata, mas se for, acabou
de ganhar uma eleição de
presente. Parece 1985, quando
Sarney ganhou a presidência de
presente com a morte de
Tancredo. Mas me parece que
este Sarney pode ser muito mais
competente.