EDIÇÃO IMPRESSA - 478 - page 10

CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
P
G
2
CUIABÁ, 6 A 12 DE MARÇO DE 2014
DIA DE CAMPO
Plantio de soja é possível na Baixada
Levantamento do Imea aponta a existência de mais de 580 mil hectares com alguma aptidão para o cultivo na região
Com o objetivo de
mostrar mais uma opção
de utilização do solo e
promover a cultura da
soja na região da
Baixada Cuiabana como
uma nova oportunidade
para o crescimento
econômico, o
Dia de
Campo da Soja na
Baixada Cuiabana:
Quebrando Paradigmas
aconteceu neste mês de
fevereiro no hangar do
Grupo Bom Futuro, em
Cuiabá.
Com a participação
de autoridades,
pesquisadores, técnicos,
produtores e imprensa, o
evento começou com a
apresentação do “case”
de uma área de 80
hectares cultivada com
soja, no município de
Cuiabá. O representante
do Grupo Bom Futuro,
Inácio Modesto Filho,
discorreu sobre os
desafios desse cultivo,
desde as dificuldades
com as características
do solo até as técnicas
adotadas e os resultados
esperados.
“Na Baixada temos
um tipo de solo, o
plintossolo, que varia de
PECUÁRIA
Cuiabá terá a primeira etapa
no Circuito ExpoCorte 2014
DaRedação
Cuiabá abre pelo terceiro ano o Circuito ExpoCorte, que acontece nos dias 19 e 20
de março no Centro de Eventos do Pantanal e receberá pecuaristas, empresários e
técnicos de todo o estado para dois dias de workshops com palestras e debates, além
de uma feira de negócios com as empresas de referência do setor pecuário. O evento
percorrerá os principais polos de pecuária de corte do Brasil para discutir “Como
conseguir o máximo de minha propriedade”.
“Assim, nos anos anteriores, esta deverá ser mais uma edição de sucesso. Cuiabá
irá abrir o Circuito ExpoCorte pela terceira vez consecutiva e isso muito nos honra. O
pecuarista mato-grossense, apesar de muito tradicional, busca estar sempre atualizado
sobre as tendências de mercado, tecnologias e perspectivas para a atividade”, afirma o
superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Segundo ele, a entidade representa os
produtores de proteína vermelha em Mato Grosso e tem o compromisso de oferecer aos
seus associados ferramentas para garantir o bom desempenho da atividade. “Devido à
relevância da ExpoCorte no cenário nacional enquanto ditadora de tendências na
pecuária de corte, a Acrimat reforça sua participação contribuindo com programação e
convidando seus associados para participar do evento”, acrescenta Vacari.
O tema principal da edição deste ano – Como conseguir o máximo de minha
propriedade – é um dos principais desafios dos pecuaristas hoje em dia, de acordo
com o superintendente da Acrimat. “Para se manter no mercado e tornar o negócio
competitivo, o produtor precisar explorar todas as possibilidades, ampliando margens
e diminuindo os custos da propriedade”, complementa.
AGRICULTURA FAMILIAR
Oproblema não é produzir. É vender
Cleverson Veronese
A Agricultura
Familiar é a grande
responsável pela produção
da maioria dos alimentos
consumidos todos os dias
pela população brasileira.
São inúmeros produtos
presentes no nosso
cotidiano, e muitas vezes
nem percebemos essa
presença tão marcante.
Essa agricultura é
reconhecida pela
diversidade da produção.
Em Aripuanã (1.060
km a Noroeste de
Cuiabá), agricultores do
Sítio Silva, localizado no
distrito da Cidade
Morena, distante 60 km
da sede do município,
estão obtendo resultados
Foto: Cleverson Veronese
EmAripuanã, agricultores estão obtendo resultados satisfatórios na produção de hortaliças; falta mercado
satisfatórios na produção
de hortaliças.
O técnico agrícola
Eber Lopes afirma que
utiliza apenas 1 ha para a
plantação de abóbora,
cenoura, repolho, tomate,
beterraba e melancia,
entre outros. Ele cita
quais técnicas são
utilizadas para produzir
com boa quantidade e
qualidade.
“É possível, através
de uma boa irrigação e
adubação desde o plantio
até a colheita, obter
controle fitossanitário
com inseticidas e
fungicidas, e também
depende principalmente da
qualidade da semente”,
diz.
Eber Lopes ainda
explica que a produção
em grande quantidade
depende de cada cultura.
“A melancia, por
exemplo, tem capacidade
de chegar a 30 toneladas
por hectare, a abóbora a
25 toneladas, tudo
depende do controle da
produção”, acrescenta.
Na opinião do técnico
agrícola, contudo, falta
apoio ao pequeno
produtor na hora de
comercializar seus
produtos. Segundo ele, os
resultados poderiam ser
melhores se políticas
públicas e ações de
incentivo ao
desenvolvimento rural
tivessem maior atenção do
município. “Nosso
problema não é produzir e
sim comercializar esses
produtos, porque o
município é pequeno e
não recebemos nenhum
incentivo. Houve produtor
que chegou a perder até
60 caixas de tomate, eu
tenho 10 toneladas de
abóbora estocadas desde
novembro, então não
temos para quem vender”,
conclui Eber.
É fundamental que
haja mercado para o
agricultor comercializar
seus produtos. Esse
resultado satisfaz tanto o
produtor quanto o
consumidor, e é uma
forma de rentabilidade
que vai para o bolso do
produtor e que fortalece o
mesmo a continuar
produzindo. (Top News)
arenoso a argiloso. Com
essas características,
precisamos trabalhar o
solo e corrigi-lo, mas os
resultados têm sido
satisfatórios”, observou
Inácio.
Em um segundo
momento, o Instituto
Mato-grossense de
Economia Agropecuária
de Mato Grosso (Imea)
apresentou um estudo
feito exclusivamente
para a ocasião, segundo
o qual existem nas áreas
da Baixada Cuiabana
mais de 580 mil hectares
com algum tipo de
aptidão para o cultivo da
soja. Daniel Latorraca,
gestor do Imea, explicou
que apesar dessa aptidão
existem vantagens e
desvantagens a serem
observadas.
“O cultivo da soja
vem fundamentalmente
para potencializar a
atividade de pecuária já
existente na região, mas
quatro pontos precisam
ser pensados: fomento
com novas linhas de
crédito, pesquisa e
entendimento do solo e
clima, treinamento e
conhecimento para o
cultivo, e o desafio
logístico porque as
estradas, como em todo
o Mato Grosso, não são
preparadas para esse
volume”.
Para o presidente da
Aprosoja, Carlos Fávaro,
a iniciativa do campo
experimental é válida,
possibilita visualizar o
cultivo nas condições da
região e permite pensar
novas oportunidades
para toda a região
próxima à capital.
“A soja pode deixar
as propriedades mais
viáveis social e
economicamente, mas é
preciso cautela na
tomada de decisão e
avaliar de maneira
correta. A Aprosoja
sempre está disponível
para auxiliar o produtor
no que for preciso”,
pontuou.
PRESENÇAS
Estiveram presentes
no evento os
representantes do setor
agro Carlos Fávaro;
José Bernardes,
presidente da Acrimat e
Claverson Scheffer, do
Grupo Bom Futuro.
Também se fizeram
presentes o secretário
de Governo de Cuiabá,
Fábio Garcia e
representantes do
Ministério da
Agricultura Pecuária e
Abastecimento (Mapa),
da Fundação Mato
Grosso e da Empresa
Brasileira de Pesquisa
Agropecuária
(Embrapa).
Fotos: Divulgação
1,2,3,4,5,6,7,8,9 11,12,13,14,15,16,17,18,19,...20
Powered by FlippingBook