EDIÇÃO IMPRESSA - 478 - page 17

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 6 A 12 DE MARÇO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
OSCAR 2014
O ano de 2013 foi marcado por
várias produções de altíssimo nível,
porém o grande vencedor da noite de
premiações em Los Angeles foi o
estupendo
Gravidade
do mexicano
Alfonso Cuarón
, que venceu em nada
menos que sete categorias, incluindo a
de Melhor Diretor. Porém, o merecido
prêmio de Melhor Filme ficou com
12
Anos de
Escravidão
, um
tocante e
arrasador
‘passeio’ pelos
horrores da
escravidão no sul
dos EUA, obra do
talentosíssimo
diretor britânico,
Steve McQueen
.
Os prêmios
de Melhor
Animação e
Melhor Canção Original (
Let It Go
)
ficaram com a obra-prima
Frozen
, que
reacendeu a veia criativa dos Estúdios
Disney. Já o Oscar® de Melhor Roteiro
Original ficou com o belíssimo
Ela
do
diretor e roteirista
Spike Jonze
.
12 Anos
de Escravidão
levou mais dois Oscar®
importantes: Melhor Roteiro Adaptado e
Melhor Atriz Coadjuvante para a
estreante
queniana
Lupita
Nyong’o
, que
além de
desbancar a
favorita
Jennifer
Lawrence
, foi
dona de um dos
mais tocantes
discursos da
noite.
Clube de
Compras Dallas
confirmou o
favoritismo de seus dois brilhantes
atores:
Jared Leto
levou o prêmio de
Melhor Ator Coadjuvante enquanto o
Oscar® de Melhor Ator ficou com o
texano
Matthew McConaughey
, que fez
Leonardo DiCaprio
voltar pra casa de
mãos vazias novamente, mas se levarmos
em conta o talento arrasador do
vencedor, isso não pode ser considerado,
nem de longe, uma injustiça.
O prêmio de Melhor Atriz ficou com
a australiana
Cate Blanchett
por seu
papel em
Blue Jasmine
.
Blanchett
desbancou a recordista
Meryl Streep,
que
contabiliza impressionantes 18
nomeações!
A noite foi muito bem conduzida pela
apresentadora e comediante
Ellen
DeGeneres
, que preencheu uma
cerimônia marcada por discursos sérios
e tocantes, com boas piadas e
improvisações que divertiram sem
ofender ninguém.
ANDERSEN, UMDINAMARQUÊS
Hans Christian Andersen
(Odense, 2 de abril de 1805 -
Copenhague, 4 de agosto de 1875) foi
um escritor dinamarquês de histórias
infantis. Andersen era filho de um
sapateiro, o que o levou a ter
dificuldades para se educar. No
entanto, seus ensaios poéticos e o
conto “Criança Moribunda”
garantiram-lhe um lugar no Instituto
de Copenhague. Escreveu peças de
teatro, canções patrióticas, contos,
histórias e, principalmente, contos de
fadas, pelos quais é mundialmente
conhecido.
Entre os contos de Andersen
destacam-se:
O Patinho Feio
,
A
caixinha de surpresas, Os sapatinhos
vermelhos, O pequeno Claúdio e o
grande Cláudio, O soldadinho de
chumbo, A pequena sereia, A roupa
nova do imperador, A pequena
vendedora de fósforos,
dentre outros.
Duas excelentes publicações
trazem novamente Andersen para
minha estante: textos integrais em
traduções literárias realizadas
diretamente do dinamarquês!
O perseverante soldadinho de
chumbo,
com o cuidadoso texto de
Tabajara Ruas e as ilustrações de
Jandira Lorenz (Barca dos Livros e
Peirópolis, 2011). O projeto gráfico
cria um livro cheio de molduras, ora
caixa de brinquedos, ora uma caixa
como os palcos de teatro, encenando a
primeira história de Hans Christian: um
conto de 1838, a respeito de um
apaixonado herói e da bailarina que o
soldadinho imagina ser como ele, pois
sempre vê a leve sílfide equilibrando-
se em uma única perna na ponta do pé.
Mas um vento maldoso, ou seria a
artimanha de um duende enciumado,
sopra a tragédia entre os dois
corações...
Com a seleção e aquarelas de
Lisbeth Zwerger, o volume
Os
pequenos verdes e outras história
s
apresenta onze contos na tradução de
Kristin Lie Garrubo (Berlendis &
Vertecchia, 2010). É uma generosa
introdução ao melancólico e
suavemente colorido universo de
Andersen, onde habitam João Pestana,
Polergarzinha, A menina dos fósforos,
o rouxinol que encantou o imperador
da China e tantos outros personagens
mágicos, comoventes, eternos em
nossa própria afeição...
1...,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16 18,19,20
Powered by FlippingBook