EDIÇÃO IMPRESSA - 456 - page 20

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 5 A 11 DE SETEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 8
REFLEXOES
PPor Marco Ramos
a
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
ESPIONAGEM AMERICANA
O Brasil foi surpreendido está
semana com a revelação do nível e
profundidade de espionagem do
governo americano. Novidade? Jamais!
O brasileiro mediano não consegue
entender o quanto isso é sério e pode
ser danoso ao país e a nossa indústria.
Pensa até mesmo que se trata de piada,
ou faz piada do caso. Muitas vezes
imaginamos que a espionagem tem
apenas o fim militar, mas não é! Na
maior parte dos casos tem fins
comerciais e no mundo real sai na
frente e domina quem detém a
informação. Ou vocês imaginam que a
guerra do Golfo foi para derrubar
Saddam? Ou meramente para
combater a Al Qaeda? Santa ilusão! Há
décadas os militares brasileiros já
alertavam para isso, para a realidade
das relações comerciais entre as nações
que está mais baseada nos interesses e
poderes do que na real amizade de um
povo. Nas relações entre nações a
amizade não está em primeiro lugar!
Fomos “surpreendidos” mas já era de se
esperar. Pior, deixamos de lado por
décadas investimentos em coisas que
insistíamos dizer que se tratava de
supérfluo para um país “tão pobre” e
que tinha outras “prioridades”!
Segurança nacional é prioridade e está
diretamente ligado ao enriquecimento
ou não de uma nação. Há décadas os
EUA possuem satélites que conseguem
detectar tudo em nosso território, sem
precisar tocar nosso solo. Sabem muito
bem o que temos em nosso subterrâneo.
Há décadas nações mais desenvolvidas
financiam ONGs suspeitas que “lutaram”
por demarcações de terras indígenas
justamente nas áreas com maior
manancial econômico. Mas o brasileiro
mediano ainda vê com os olhos da
ingenuidade as relações entre os países.
Um olhar de Carnaval! Ouvimos muito
em nosso dia a dia a frase: “Para que
satélites se somos tão pobres, para que
submarinos nucleares se somos um país
que não está em guerra, para que
investir em tecnologias se nossas
prioridades são ainda aquelas básicas?”
Hoje estamos ai pagando um preço
alto por ainda não dominarmos a
tecnologia dos lançadores de satélites,
que é claro serve tanto para colocarmos
estes equipamentos em órbita que tem
inúmeros fins, quanto para lançamento
de armas. Claro que sim! Por isso
ninguém nos transfere tecnologia e por
isso o Brasil tem desenvolvido com
muito custo e falta de vontade política
com baixos investimentos desde a
explosão na Base de Alcântara,
(suspeita por sinal), nossa própria
tecnologia espacial. Mas não podemos
abrir mão do domínio destas
tecnologias embasados num olhar de
“Alice” diante do Mundo, que é Mundo
desde que “nasceu!” As relações
internacionais e o poder de decisão e
influência de uma Nação ainda
se baseiam e por muito tempo se
basearão em sua força econômica,
tecnológica, militar e cultural! Isso ainda
não mudou! Portanto, que o país
acorde a partir de agora e também
cuide destas prioridades, pois isto
também é questão de economia e
riqueza, tanto quanto investir em
educação, saúde, segurança etc! Hello
Brasil!
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
PPor Rosemar Coenga
o
a
O RAPAZ QUE NÃO ERA DE LIVERPOOL
Caio Riter é
professor e doutor em
Literatura Brasileira. Vive
em Porto Alegre, no Rio
Grande do Sul, onde
nasceu. Publicou seu
primeiro livro em 1994.
Entre outras coisas,
gosta de sonhar
histórias e transformá-
las em palavras.
Tem 26 livros
publicados, além de
participações em
antologias. Recebeu
diversos prêmios
literários.
O rapaz que
não era de Liverpool
ganhou os prêmios
Orígenes Lessa - FNLIJ –
2007, Altamente
Recomendável - FNLIJ –
2007, White Ravens -
Alemanha – 2007,
Catálogo de Bolonha -
Itália - FNLIJ – 2007,
finalista do Prêmio AGES –
Livro do Ano 2007, Prêmio
Açorianos de Literatura –
2006 e 1º Prêmio Barco a
Vapor - Edições SM –
2005. O livro
O rapaz
que não era de Liverpool
(2005), publicado pela
Editora SM, fala das
angústias de um
adolescente que, um dia,
descobre que foi adotado
e começa a questionar
tudo o que tinha vivido até
então. De forma sensível,
revelam-se os conflitos
íntimos de um garoto que
se pergunta a respeito do
rumo a tomar diante da descoberta de
que tudo o que ama está alicerçado
sobre uma mentira. A única coisa que o
mantém com os pés no chão, além da
namorada que o adora, é sua paixão
pelos Beatles, herdada do pai.
A leitura do livro remete
considerações a fatos muito presentes na
vida de adolescentes, pais e até
professores, que precisam lidar com uma
nova realidade de estrutura familiar e
com outros eventos que estão intimamente
ligados à formação da identidade dos
jovens. Ao tratar de temas tão delicados
como amor, adoção, família, separação
dos pais; Caio Riter o faz de forma
sensível, respeitando possíveis sentimentos
e emoções que venham gerar em seus
leitores, visto que dá ao seu personagem
central o tempo necessário para refletir e
um grande espaço para expor suas
angústias.
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