CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 27 DE JUNHO A 3 DE JULHO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa
e
r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
O GIGANTE LEVANTOU-SE DA REDE!
REFLEXOES
PPor Marco Ramos
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
BANDEIRA DE SÃO BENEDITO
Em pleno vapor no começo da tarde,
o arrastão do povo de fé ao Santo
Festeiro da Cidade Verde, o nosso São
Benedito, levantava devotos e
simpatizantes de outras religiões ao olhar
com carinho as insígnias que percorriam o
Centro Histórico de Cuiabá. Dia 20
aconteceu o grande manifesto; o respeito
total a São Benedito foi o ponto alto dos
manifestantes. A banda de música
animava muitas pessoas, fazendo as visitas
em diversos comércios, bancos, cartórios,
residências, levando a mensagem a todos.
São Benedito ensina o povo cuiabano a
calçar a sandália da humildade. Já no
final da tarde, a comitiva foi
recepcionada, no salão de festas do
Edifício João Alfredo Micolilna, pela
elegante cuiabana Odilza Carvalho, que
proporcionou aos demais convidados um
requintado lanche que marcou a Bandeira
de São Benedito. A família Carvalho faz
parte da história desta terra em vários
segmentos, social, cultural, religioso,
político, esportivo, enfim, uma agenda de
serviços prestados à Terra das Tradições.
TAPETE HUMANO
Quando se fala em manifesto, é ver
uma nação mais humana, com qualidade
de vida em educação, saúde, segurança,
e mais transparência por parte de nossos
políticos. O país mostrou a força da ala
jovem, principalmente estudantes, pessoas
esclarecidas que saíram às ruas tendo
como meta “um país mais justo, humano,
como o seu povo”. A bandeira brasileira
expressa tristeza em ver um país tão rico e
a sua riqueza não ser bem distribuída. Já
dizia o saudoso presidente da República
Jânio Quadros: “Varre, varre,
vassourinha”, e a saudosa cantora
brasileira Elis Regina na sua interpretação
“Imagem”, enquanto as nossas metas não
forem alcançadas, que será do povo
brasileiro? O medo dos jovens é que “o
Brasil não merece o Brasil, o Brasil está
matando o Brasil”, e assim muitos tapetes
humanos vão se espalhar no solo
brasileiro enquanto os anseios do povo
não forem atingidos. “Choram Marias e
Clarisses no solo do Brasil”.
CELEBRAÇÃO A SÃO PEDRO
Uma devoção que vem de uma fé no
marco histórico da família Figueiredo
Ponce. Um incentivo familiar na fé e na
religiosidade neste apóstolo São Pedro,
que levanta uma multidão em sua
devoção. D. Eloisa Figueiredo Ponce, que
levantou a bandeira em celebração a São
Pedro, sendo orientada desde adolescente
por D. Emília Fernandes Figueiredo, de
família que era composta por 20 irmãos
que faziam uma bonita festa, tornando o
santo padroeiro da família. A Fazenda
São Pedro, no lendário Rio dos Peixes, sob
as bênçãos de São Pedro, era o palco das
celebrações com missas, chá com bolo, à
noite reza, jantar e baile até o raiar do
dia. O saudoso delegado de Polícia Dr.
Nelson Ponce dava total apoio para fazer
uma grande festa, recebendo assim
inúmeros convidados, tendo sido
construída uma quadra para conforto de
todos os convivas. Hoje a festa de São
Pedro, que é celebrada dia 29, é pilotada
pelo casal Dr. Paulo Figueiredo Ponce e
conta com os festeiros, convidados,
familiares, para que esta tradição continue
viva no cenário cuiabano.
Em poucos dias vimos uma reviravolta
no comportamento do brasileiro. Se é uma
mudança definitiva ou uma moda do
momento, ainda não se sabe, só o tempo
dirá. Porém, pegou os políticos de
surpresa, ainda mais que o “levante”
popular não foi insuflado por nenhum
partido de esquerda, como costumava ser
no passado. Eu diria como no título que o
gigante levantou-se da rede, pois
acordado já estava, como sempre esteve,
porém a população vivia num estado de
leniência diante de centenas de escândalos
de corrupção. Em qualquer país do mundo
com apenas 1/10 do que ocorre aqui já
teria havido um colapso da sociedade,
uma revolução violenta em alguns mais
explosivos. No entanto os brasileiros
“deitados em suas redes, deitados em
berço esplêndido, apenas levantavam suas
cabeças sem mover o corpo e
resmungavam algumas palavras
incompreensíveis, e voltavam a cochilar em
seu sono letárgico!” O momento é único e
não podemos perder a oportunidade de
mudar a sociedade de dentro pra fora,
gerando novas atitudes, o que vai criar
novos líderes que correspondam aos novos
anseios. Os políticos que estão eleitos,
contrários ao que vimos em milhares de
faixas nas ruas, nos representam sim, pois
são a cara e a coroa do povo. São
oportunistas, pois somos um povo que age
com oportunismo barato. São desonestos,
pois somos um povo com valores éticos
fracos. Portanto, é a nossa cara. E quando
digo povo, é do mais simples cidadão até
o maior dos empresários. Aqui vou
contrariar os filhotes pseudocomunistas e
afirmar que todos são povo, pois todos
produzem, geram empregos, pagam
impostos, se sacrificam, e mesmo o grande
empresário, que vive honestamente, este
sim sofre num ambiente altamente
pernicioso para empreender, pois lida com
um governo corrupto, e também com um
povo com honestidade baixa. Tem de
matar mil leões por dia. Então é povo
também! Mas o povo acordou... acordou,
que de nada adianta ter televisão de
plasma subsidiada pelo governo para
decorar sua casa, uma medida populista
nos moldes da Venezuela, e viver num
barraco com esgoto correndo nas suas
portas. Acordou de que nada adianta ter
um carro zero de última geração e ter de
circular em ruas e estradas de décimo
mundo. Acordou que partido e ideologia
política são mera retórica para chegar ao
poder e de lá realizar os mesmos hábitos
dos que eles condenavam quando
estavam na oposição. Esquerda ou direita
na prática faz o mesmo jogo! A única
oposição é a da sociedade civil que deve
manter um “policiamento” e uma pressão
constantes. Prova disso foram as votações
desta semana, que mostraram à sociedade
que quando eles se sentem ameaçados
fazem o serviço que deveria ser feito há
anos. O momento é de nos mantermos
alertas e não voltarmos a deitar nesta
rede. O momento é de pressionar para as
reformas mais importantes que estão
sendo adiadas há décadas. Sem elas, este
“levante” da sociedade civil vai morrer na
areia da praia. O resto é votar certo,
senão ressuscitaremos os mesmos
“mortos”!
Info: (65) 3365-4789
1...,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17 19,20