CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 31 DE JULHO A 6 DE AGOSTO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
LOYOLA, JESUÍTAS, ÍNDIOS
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
ISSOVAI DAR O QUE FALAR...
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
RETIROS
PRÉ-ELEITOREIRAS
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
CABELORUIM
A Igreja Católica reserva o
dia 31 de julho a Santo Inácio de
Loyola, que esteve, em 1534, à
frente da fundação da Companhia
de Jesus, junto aos demais
estudantes da Universidade de
Paris. Loyola e seus
companheiros dedicaram-se
inicialmente ao acompanhamento
hospitalar e missionário em
Jerusalém. Considerada a maior
ordem religiosa católica do
mundo, os jesuítas devenvolvem
trabalhos educacionais e
missionários.
A Companhia de Jesus
chegou à Bahia em 1549, tendo à
frente Manuel de Nóbrega. Foi
com a construção do colégio
jesuíta, entre os rios Anhangabaú
e Tamanduateí, que nasceu o
povoamento São Paulo de
Piratininga, reconhecido por ser a
maior obra jesuítica em território
brasileiro. Iniciada em um
barracão de taipa, a escola
dedicou-se à catequese dos índios
do Planalto de Piratininga.
Séculos mais tarde, as
missões jesuíticas chegaram na
então denominada Capitania de
Mato Grosso, para estabelecer
uma missão indígena no alto da
Serra de São Jerônimo, atual
Chapada dos Guimarães, a Missão
de Santana, responsável pela
construção da Igreja de Santana
da Chapada, hoje matriz do
município. Asegunda missão se
estabeleceu às margens do rio
Guaporé, local da primeira capital
de Mato Grosso, Vila Bela da
Santíssima Trindade.
Em 1759, no Brasil, os
jesuítas da Companhia de Jesus
foram expulsos, acusados da
prática do comércio ilegal e de
incitar as populações contra o
governo. Já se dizia àquela época
que sua influência cresceu a ponto
de obter certa independência em
relação ao Estado e à Igreja.
Em Mato Grosso, o retorno
da ação jesuítica se deu com a
criação da Prelazia de Diamantino,
em 1929, para catequizar os
povos Nambiquara, Umutina,
Rikbaktsa, Iranxe, Apiacá, Kaiabi,
dentre outros. Junto ao povo
Chiquitano se faz presente desde
2008, na contribuição da garantia
de seus direitos constitucionais.
Nossa civilização criou um
futuro no qual o ser humano
está, cada vez mais, distante de
si mesmo e, por isso mesmo,
não espiritualizado. Esta frase
anterior remeteu-nos para duas
reflexões: Já estamos no futuro?
Introspecção significa
espiritualização?
Sim. Já estamos no futuro.
Estranho, não é mesmo? Mas os
tempos em que vivemos
representam, na prática, tudo o
que foi previsto pelos estudiosos
e, também, pelos artistas
ficcionistas. Se ainda existem
misérias, doenças, violências e
injustiças generalizadas é porque
o ser humano não criou uma
sociedade perfeita. As mesmas
ficções que previram um
mundo tecnologicamente
evoluído previram um mundo
socialmente doente.
Portanto, como se diz, “é
o que tem pra hoje”. E por
que isso era previsto e
ocorreu? Porque todos sabiam
dos problemas oriundos dos
excessos do materialismo. É
evidente que a sociedade
habitada por todos nós traz
consigo estas características,
que são traduzidas nos
abismos sociais e outras
aberrações contemporâneas.
E a introspecção?
Literalmente, é coisa para cada
um desenvolver... E de forma
urgente! Se não pararmos para
refletir, se não nos permitirmos
tempo para nós mesmos, se não
nos protegermos desta grande
pressão social, iremos nos
tornar cada vez mais
materialistas. E isso significa
caminhar para o lado oposto do
espírito, que não é material.
Introspecção é reflexão interior,
contato com o ser sensível. Ah!
Você não acredita em espírito?
Bem, então o assunto precisa ser
diferente... Complexidade
imaterial.
Já pensou em dizer ‘isso vai dar o
que falar em inglês’? Então, anote aí que
uma opção é dizer um simples “
that’ll
set tongues wagging
” ou “
this will set
tongues wagging
”. A expressão
“set
tongues wagging”
é usada para
expressar a ideia de algo que alguém fez
ou disse pode se tornar o motivo de
fofoca entre as demais pessoas. Com
exemplos fica mais fácil de entender.
Their arrival in a limousine set the
neighbors’ tongues wagging. (
A chegada
deles em uma limosine deu o que falar
na vizinhança.
)
She’s about to publish a new book
that will set tongues wagging. (
Ela está
prestes a lançar um novo livro que vai
dar o que falar.
)
His late-night visit to her home has
set tongues wagging. (
A visitinha tarde
da noite que ele fez na casa dela deu o
que falar.
)
If you don’t get the lawn mowed
soon, you will set tongues wagging in
the neighborhood. (
Se você não aparar
logo a grama, você vai cair na boca da
vizinhança.
)
Veja que podemos traduzir como
“dar o que falar”, “ser o motivo de
fofoca”, “cair na boca do povo” e outras
expressões com significados parecidos.
Vira e mexe, os sites de fofoca em
inglês usam essa expressão para falar
algo sobre algum famoso. Abaixo mais
alguns exemplos com a expressão
“set
tongues wagging”
para você praticar
mais
Can you imagine how that kiss will
set tongues wagging around here? (
Você
consegue imaginar como esse beijo
vai dar o que falar por aqui?
)
The affair between the boss
and her accountant set tongues
wagging. (
O caso amoroso entre o
chefe e a secretária deu o que
falar.
)
Para encerrar, anote aí que
também é possível encontrar
“start
tongues wagging”.
Você pode usar
tanto uma quanto a outra. Afinal, as
duas podem ser usadas para dizer
‘
vai dar o que falar’
em inglês.
That’s all for now!
Autora: Neusa Baptista Pinto
Ilustrador: André Zan
Edição: 1ª
Ano de publicação: 2014
Gênero: Literatura infanto-juvenil
Editora: Carlini & Caniato Editorial
A OBRA
Quem já é fã do livro “Cabelo
Ruim? A história de três meninas
aprendendo a se aceitar” (TantaTinta,
2007) vai rever esta aventura, desta vez
em quadrinhos. Quem não as conhece
vai conhecer as meninas Bia, Tatá e
Ritinha, que ganharam novas versões
pelas mãos do ilustrador André Zan. A
história ganha ainda mais vivacidade
graças à linguagem ágil e tom cômico
dos quadrinhos, facilitando a leitura e
convidando a refletir de forma lúdica
sobre discriminação racial no Brasil.
AAUTORA
Neusa Baptista Pinto é jornalista e
desenvolve ações culturais e
educacionais com o uso de seu livro
“Cabelo Ruim? A história de três meninas
aprendendo a se aceitar” (TantaTinta,
2007), no qual se baseia este livrinho em
quadrinhos. Neusa atua em produção
cultural e participa de iniciativas de
valorização da negritude e de combate à
discriminação racial.
O ILUSTRADOR
André Zan desenhou sua primeira
história em quadrinhos aos 7 anos de
idade. Publicitário, ilustrador e
quadrinista, guia de ecoturismo, hoje aos
46, é autor das revistas em quadrinhos
“Turma do Berohoka” e “História é o
Bicho”, ambientadas na natureza que
buscou em Mato Grosso, onde vive
desde 2000, na cidade de Chapada dos
Guimarães.
BUTCHICHO
O fato mais visto, mesmo por
gente que não entende, não gosta
ou odeia política, é a grande subida
dos candidatos da situação no
atual cenário da política arroz com
pequi . Deveras impressionante:
enquanto um lado agrega, o outro
desarticula. Enquanto um lado
pega gente, o outro solta. O que
parecia ganho dias atrás, tomou
outros rumos depois da desistência
do famoso senador , senador este
não valorizado outrora.
Devem ter mudado de ideia.
BUTCHICHO2
Nunca está tão ruim que não
possa piorar. Asituação de um
dos candidatos a governo está
quase fora de controle. O trilho está
prestes a descarrilar. Numa entrega
de material de um deputado na Guia
dias atrás, os cabos eleitorais da
cidade se negaram a receber e
devolveram todos os materiais de
campanha. Motivo: o povo não quer
ver o candidato da majoritária nem
vestido de ouro e pediu ummaterial
que tivesse apenas o deputado
federal. Como sempre disse o
Presidente daAssembleia: “Numa
eleição , o já ganhou é vizinho do já
perdeu”. Grande filosofia.
BUCHICHO3
Comprando meu remédio pra
pressão alta na farmácia em que
sempre compro, meu farmacêutico
há mais de 20 anos, fiel partidário
do partido de Leonel Brizola, me
aborda:
– Iaê, seu João, e a política?
–Ah... Tô igual treinador
desempregado quando começa o
Brasileirão: torcendo pros outros
caírem. Você tá bem, né?
– Bem, nada. O senhor sabe
da minha luta no partido, mas não
se ganha eleição apenas falando
duro. Eu vou votar no Riva.
Aos que ainda não sabem
como funciona a política, fica a
dica.
CAVALINHO
Não tem como não ver o
crescimento da candidatura doRiva
emCuiabá. Parece que a cuiabania
perdeu a vergonha de admirar o
homemde Juara. Ele e Taques já
travamuma disputa aberta pelo
eleitor, sempre um cutucando o
outro, é avião supersônico pra cá,
são centenas de processos pra lá, é
falsificação de ata pra lá, é
manipulação de verba pra cá. Tudo
muito lindo se não tivéssemos um
candidato que temapoio doGoverno
Federal, conta com a máquina no
Estado e tem um discurso e uma fala
mansamuito boa, sim senhor: Lúdio,
o queridinho daDilma, pupilo de
Carlos Bezerra, corre com seu
cavalinho por fora e já lidera as
pesquisas emCuiabá.