CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 20 A 26 DE MARÇO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
CATANDO PIOLHOS... SEGREDOSAO PÉ DO OUVIDO
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
FAR-FETCHED
COACHING
Por Iracema Borges
Iracema Irigaray N. Borges,
mãe de 3 anjos, ama comer tudo com
banana, coach pelo ICI- SP, sonha
em dar cursos na África, Índia,
EUA, onde o destino a levar.
SE CONSELHO FOSSE BOM... NÃO EXISTIRIA POBREZA NOMUNDO!
Já encontrou a palavra
far-fetched
por aí e ficou na
dúvida sobre seu significado?
Então, chegou a hora de
aprender! Nesta dica você
aprenderá o que significa
far-
fetched
e também como usá-
la em inglês.
O Cambridge Dictionary
Online define
far-fetched
como
“very unlikely to be
true, and difficult to
believe”.
Ou seja, trata-se de
um adjetivo que descreve
algo muito improvável de ser
verdade e difícil de acreditar.
Em português, podemos
traduzir
far-fetched
por
“improvável”, “inverossímil”,
“inacreditável”, “duvidoso”,
“absurdo”, “rebuscado”, “mal
contado”. Veja alguns
exemplos para saber como a
palavra é usada:
·
Her story about
being chased away from by
tigers seems pretty far-
fetched.
(A história que ela
contou sobre ser perseguida
por tigres parece um pouco
forçada.)
·
That story’s pretty
far-fetched. Nobody’s going
to believe it
. (Essa história
está muito mal contada.
Ninguém vai acreditar.)
·
Their theory sounded
bizarre and far-fetched.
(A
teoria deles nos pareceu
bizarra e improvável.)
·
That’s a very far-
fetched idea, but I really
believe that it may be
possible
. (Essa ideia é bem
absurda, mas acredito que
possa ser possível.)
Como você pode ver,
far-
fetched
descreve justamente
uma ideia, teoria, argumento,
ponto de vista etc. que seja
difícil de acreditar, algo que
parece ser forçado demais e
que não dá para ser levado a
sério.
É interessante você
procurar mais exemplos e
anotá-los em seu caderno de
vocabulário. Isso ajudará
você a se acostumar com o
uso da palavra e também para
aplicá-la sempre de modo
correto.
Nas aldeias indígenas, os dias
são envoltos especialmente nos
aromas das sementes vermelhas
do urucum, da mandioca recém-
ralada, com a massa bem úmida,
da fumaça do fumo dos homens e
do fogo que cozinha, ilumina,
delimita o espaço da família,
aquece corpos e afugenta insetos.
Ah, insetos! Eles não faltam nas
aldeias. Mesmo o fogo, para
algumas espécies, não é suficiente
para espantar. Não incomum é a
frequência com que viajantes,
cronistas e cientistas escreveram
em seus diários de campo sobre
os incômodos dos insetos, em
especial os piolhos.
Na narrativa mitológica
Nambiquara os piolhos têm lugar
no mito de origem da agricultura,
ao se transformarem em sementes
de fumo. No início do século XX,
Roquette-Pinto, ao percorrer uma
extensa região de domínio
Nambiquara, descreveu uma
curiosa cena em que os casais se
unem e
nenhuma carícia parece
mais suave e mais doce ao terno
amante que o passar dos dedos da
eleita pelos seus cabelos.
Compreende-se porque a cabeça
de um nambikuára é um viveiro a
enxamear
... Também sobre
piolhos, o etnólogo francês Claude
Lévi-Strauss descreveu em
“Tristes Trópicos” que a
mulheres podem
encantar o
paciente, na medida em que
diverte o catador; isso
também é visto como uma
demonstração de interesse ou
de afeto. Quando quer que
lhe catem piolhos, a criança
– ou o marido – repousa a
cabeça sobre os joelhos da
mulher, apresentando
sucessivamente os dois lados da
cabeça. A operadora procede
dividindo a cabeleira em
repartidos ou olhando as mechas
contra a claridade.
O lugar ocupado pelos
piolhos entre os povos ocidentais
não é o mesmo entre os
indígenas. Na ociosidade das
horas dá-se a cata de piolhos,
quando mulheres, na intimidade de
sua casa, cuidadosamente retiram
piolhos da cabeleira de seus
maridos, deixando-os entregues às
suas vontades. Esses insetos
parecem ser um dos ingredientes
que compõem as carícias que
antecedem as relações amorosas.
De acordo com David
Rock, autor do livro “Não Diga
aos Outros o Que Fazer,
Ensine-os a Pensar”, quando
líderes desejam melhorar o
desempenho de alguém, tendem
a adotar uma visão superficial e
a se concentrar no próprio
pensamento. Raramente eles
discutem sobre hábitos que
podem estar orientando o
desempenho do empregado ou
sobre os sentimentos dele. O
pensamento da pessoa é um
tema ainda mais raro nessas
conversas. Na verdade, se você
pretende melhorar o
desempenho, a forma mais
eficaz de fazer isso é
começando pelo final, ou seja,
apefeiçoando o pensamento.
Isso pode parecer complexo,
mas minha experiência diz que,
se você conseguir se concentrar
apenas em aperfeiçoar o
pensamento, em vez de tentar
compreendê-lo ou desvendá-lo,
as conversas serão
surpreendentemente rápidas e
simples... O conselho infantiliza
e enfraquece o outro,
ele nada mais é do que
um dizendo pro outro,
de forma inconsciente,
EU sei mais da SUA
vida do que você.
David Rock orienta
que quando alguém
vier lhe pedir um
conselho, devolva a
pergunta: na SUA
opinião, quais opções
nós temos” Quais os
prós e contras dessas
opções” Na maioria
das vezes a pessoa precisa
simplesmente parar pra pensar
sobre o assunto. Pensar exige
treino e dedicação, no início dá
trabalho, mas se desejamos
crescer esse é o único jeito,
numa cultura organizacional em
que existe muito conselho
reinam o medo, o foco em
problemas pequenos e a caça à
bruxas o tempo todo: “não fui
Eu, o culpado é VOCÊ”, e por
outro lado, quando a
responsabilidade está sendo
ensinada, em um momento de
crise se pergunta: “Onde EU
posso contribuir””. Mesmo que
eu não tenha participação direta
na crise, eu sou parte desse
organismo.