EDIÇÃO IMPRESSA - 496 - page 19

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 10 A 16 DE JULHO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
ÍNDIO &ARTE
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
MAKE UPYOURMIND
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
A FÉ DE ÓCULOS
VEXAMEMEU
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
Make up your mind nada mais que
uma maneira mais natural e coloquial de
dizer “make a decision”. Em português
dizemos, “decidir-se” ou até mesmo
“tomar uma decisão”.Não há nada de
muito complicado nessa expressão. Para
aprendê-la basta se acostumar com seus
usos. Seguem abaixo alguns exemplos :
*You have to
make up your mind:
either it is in order or
it is not. (Você tem
que decidir: ou está
em ordem ou não.)
*Don’t make up
your mind straight
away. Take a few
days to think about it.
(Não se decida tão
rapidamente. Tire uns
dias para pensar a
respeito.)§ Veja
que acima usamos
exemplos com make up your mind. Ou
seja, usamos a palavra “your” o tempo
todo. Atenção! Saiba que dependendo da
pessoa essa palavra aí poderá mudar.
Observe abaixo:§
*I don’t know! I can’t make
up
my
mind. (Sei lá! Não consigo me
decidir.)
*Mary made up
her
mind to her
parents about her financial problem.
(Mary decidiu conversar com os pais
sobre seus problemas financeiros.)
*We ought to make up
our
minds.
(A gente precisa tomar uma decisão.)
*Can’t these people make
up
their
minds? (Essas pessoas não
conseguem se decidir?)
Percebeu que conforme a pessoa
que estamos falando o adjetivo
possessivo na expressão muda? Outra
coisa legal para você observar nesta
dica é que em português falamos “tomar
uma decisão”, mas em inglês eles falam
“make a decision”. Aprenda a
combinação correta – make a decision –
e nunca erre isso.
Faz algum tempo que a arte
indígena vem estimulando
designers
. Entre tantos
profissionais competentes, há a
paulistana Carol Gay, que
também se inspira na arte dos
indígenas na criação de
soluções para as necessidades
cotidianas de diversos
ambientes, entendida pela artista
como “a forma mais pura de
artesanato do Brasil”. A
“Cadeira Cinto”, por exemplo,
feita com fitas de cintos de
segurança, ressalta a arte de
trançar materializada nas tramas
das cestarias da etnia Tukano,
Amazonas. Há também as
luminárias-esculturas de resina
de Bianca Barbato que
reproduzem cabaças usadas
pelos índios como recipiente
para fumo, água e
outras bebidas à base
de tubérculos e
frutos.
Mato Grosso não
fica atrás.
Incontáveis peças de
argila e gesso
recebem das mãos
criativas de artesãos
da Valearte –
Associação dos
Artistas Plásticos e
Artesãos do Vale do
Araguaia – Barra do
Garças, desenhos
geométricos oriundos de
motivos indígenas,
especialmente aqueles
encontrados no
grafismo de suas
pinturas corporais.
O grafismo
indígena parece ser
uma característica
comum aos 305
povos indígenas que
atualmente habitam
o território
brasileiro. Papéis
sociais acham-se
inscritos na
geometria de seus
traços elaborados
com material tintório
vegetal e mineral ofertado pela
natureza. Entre o povo
Kayapó, por exemplo, a
ornamentação corporal diz
respeito à “pele-social”, isto é,
a ordem social reflete-se na
infinidade de desenhos que
cobre seus corpos como uma
vestimenta que, associada aos
adornos, contitui códigos não
verbais à identidade da pessoa
indígena.
A incorporação de
elementos indígenas à arte feita
por artistas não indígenas vai
muito além da estética. Ela, sem
dúvida, valoriza conhecimentos
milenares oriundos de nossas
raízes.
Acreditar em algo acima de
comprovações é ter fé. Crer no
que é comprovado, com
certeza, é mais fácil. Nisso se
baseia todo o conhecimento
científico. Mas a crença no que
não há provas é uma questão
que merece nossa reflexão. E
nós cremos em diversas coisas
que não são comprovadas. É o
caso de nossa percepção de
que algo vai acontecer, de que
estamos certos ao tomarmos
aquela decisão e mesmo na
certeza do nascer do sol
amanhã de manhã.
Quem pode provar que o
dia irá nascer de novo? Mas
nós lançamos os compromissos
na agenda. Quem comprova
que o universo é infinito?
Ninguém pode ir até lá. Quem
nos garante que estamos
tomando a decisão correta?
Apenas quando
colhermos os resultados
é que teremos a certeza
de nossa decisão
tomada no passado.
Contudo, não basta
tomarmos uma decisão
sem literalmente
botarmos fé nela.
Entrar em um processo
no qual não cremos é
praticamente uma
certeza de seu fracasso.
Crer no sucesso de
algo, porém, requer que
tenhamos um mínimo de
embasamento. Dados,
experiências anteriores e,
principalmente, aquela intuição
sobre a qual ninguém consegue
explicar direito são
fundamentais.
É nesta hora que entra em
cena o nosso livre-arbítrio.
Esta atribuição humana nos
permite sermos donos de nosso
nariz, inclusive quando o
batemos de cara na parede. Ser
livre para tomarmos nossas
decisões é fundamental, mas
precisamos subsidiar nossas
reflexões com muita
informação e boas intuições. A
fé cega não leva a nada. Para
enxergar com a fé, precisamos
dos óculos do esclarecimento e
da intuição. Complexidade com
cautela.
Ontem eu senti vergonha.
Fiquei envergonhado pelo
massacre da seleção. Tanto
que escrevi no face: estou
envergonhado. Li minha
mensagem, e me ruborizei
ainda mais. Não mais que de
repente, excluí minha
mensagem. Nesse instante,
fiquei profundamente
envergonhado. Mas de mim
mesmo.
Moro numa cidade que
tem um buraco s cada esquina,
e ninguém fala nada. Moro
numa cidade onde os museus
vivem fechados. Vivemos
numa cidade onde o
patrimônio histórico está
parcialmente destruído, onde
os cuiabanos mesmo estão
entrando em extinção, vivemos
num estado que permite uma
constante colonização. E isso
não me envergonha. Aliás,
ninguém se envergonha.
Vivemos numa cidade que não
existe creche, onde a saúde é
pífia, onde o estado é um
mero lugar para se aumentar a
renda particular de alguns, e
ficção científica para o
cidadão que mais precisa. E
isso não me deixou
envergonhado.
Joãozinho, sempre ele,
meu incansável guru, que tem
razão:
- Papai só fica vendo, um
lança, pra um, outro lança pra
outro. Vamos jogar que é!
Fiquei com vergonha de
sentir vergonha. Não é você,
nem eu,
nem outros
leitores que
pelejam, dia
a dia para
conseguir
manter a
sua família
é que me
representam.
Fiquei
envergonhado
por não ter
sido representado
dignamente por uma turma
onde o que menos ganha, que
é o goleiro Victor, ganha
míseros 235 Mil Reais
Mensais.
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