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CUIABÁ, 5 A 11 DE JUNHO DE 2014
Fotos:
André Romeu
Sobrevivência em combate urbano
Diego Frederici
A segurança é uma das grandes preocupações de
qualquer pessoa que vive hoje na sociedade.
Dados do estudo “Homicídios e Juventude no
Brasil”, da Secretaria Geral da Presidência da
República, publicado em 2013, revelam que entre 1980
e 2011 foram assassinadas 1.145.908 pessoas no
Brasil. O número é superior ao do conflito entre
Estados Unidos e Vietnã, que vitimou 1.058.193
pessoas, e é cinco vezes maior do que as vidas
perdidas na Guerra do Golfo, que contabilizou mais de
200 mil mortos.
Nesse ambiente que une a falta de investimentos
em áreas sociais – a principal causa da violência nos
centros urbanos – e o aparelhamento insuficiente das
forças de segurança pública, a
Inteseg Treinamentos em
Segurança
, do empresário Thiago Dayan, destaca-se ao
oferecer soluções que podem ser a única alternativa
numa situação crítica.
Com pouco mais de seis meses no mercado, a
consultoria em segurança, localizada em Cuiabá, ajuda
pessoas a agirem em situações-limite, como uma invasão
de propriedade ou tentativa de sequestro, a manter a
calma sem perder o foco e conseguir se defender da
criminalidade que se faz presente nos dias de hoje.
Entre os produtos oferecidos pelo jovem
empresário, Thiago explica que o curso
Sobrevivência
em Combate Urbano
, carro-chefe da
Inteseg
, é
destinado a todas as pessoas que têm interesse em se
defender. Compondo o conhecimento que é passado
aos alunos, destacam-se a legislação e a teoria que dão
base a ações práticas – como o manuseio correto e
seguro de armas de fogo e direção –, além da
simulação de situações reais de combate.
“Depois de oferecermos a base desses
conhecimentos de combate urbano, preparamos uma
casa dentro do estande, inclusive com portas e janelas,
onde simulamos uma situação real de ameaça. Existe
um trabalho psicológico, de modo que os alunos
fiquem num alto nível de estresse e saibam lidar com
isso”, diz.
As cifras de Mato Grosso ajudam a compreender a
demanda por essa categoria de prestação de serviço.
Segundo o estudo “Homicídios e Juventude no Brasil”,
70% das mortes que ocorrem no Estado cujas vítimas
fazem parte da população jovem – com idade entre 15 e
24 anos – ocorrem por fatores relacionados à violência.
O empreendedor de apenas 31 anos sublinha, no
entanto, que o curso tem foco na prevenção e não na reação.
“Uma das primeiras lições que passamos é que a
pessoa deve sempre procurar ajuda da polícia. Ela deve
tomar uma atitude drástica apenas como último
recurso”, pondera ele afirmando que o foco da
Inteseg
é a qualidade, expresso no corpo de instrutores e
monitores e nas turmas reduzidas: “Nossos instrutores
são pessoas que fazem parte da Força Aérea, do Bope e
fizeram cursos fora do Brasil. Temos inclusive parceria
com a SWAT, nos Estados Unidos. Privilegiamos a
qualidade, por isso nossas turmas têm no máximo 12
alunos”.