CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 11 A 18 DE JUNHO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
www.circuitomt.com.br
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
cultura@circuitomt.com.br
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
O OLHAR POÉTICO DE DRUMMOND SOBRE O FUTEBOL
COACHING
Por Iracema Borges
Iracema Irigaray N. Borges,
mãe de 3 anjos, ama comer tudo com
banana, coach pelo ICI- SP, sonha
em dar cursos na África, Índia,
EUA, onde o destino a levar.
cultura@circuitomt.com.br
iracemairigaray@hotmail.com
RESILIÊNCIA, AARTE DE SE LEVANTAR... PARTE II
No ano de Copa do Mundo no
Brasil , o livro de crônicas de Carlos
Drummond de Andrade ganha nova
edição pela Companhia das Letras.
“Quando é Dia de Futebol” reúne
crônicas que Drummond escreveu para
os jornais
Correio da Manhã
e
Jornal
do Brasi l
. Com o seu olhar poét ico,
Drummond retratou o esporte
preferido dos brasileiros destacando a
genialidade de craques da bola como
Mané Garrincha e Pelé.
A primeira publicação de “Quando
é Dia de Futebol” foi em 2002 pela
Editora Record, sendo raridade
encontrar um exemplar. As crônicas
foram selecionadas pelos netos de
Drummond, retratando o ponto de
vista – poét ico – do autor pelos
campeonatos estaduais, nacionais e
Copas do Mundo, iniciando em 1954,
quatro anos antes de a seleção
brasileira ser campeã pela primeira
vez, até a edição de 1986, sendo a
última presenciada por Drummond,
que faleceu no ano seguinte.
Além de absorver as jogadas
presenciadas no estádio e depois
colocar poeticamente no papel,
Drummond também retratou a paixão
dos torcedores, a rivalidade branda
dos t imes, os dribles marcantes, as
vitórias memoráveis, fazendo de suas
crônicas o documento histórico do
futebol.
Outro ponto interessante é a
admiração que Drummond tinha pelos
gênios da bola, Garrincha: “Se há um
deus que regula o futebol , esse deus é
sobretudo irônico e farsante, e
Garrincha foi um dos seus delegados
incumbidos de zombar de tudo e de
todos, nos estádios”; e o jogador do
século Pelé: “O difícil, o
extraordinário, não é fazer mil gols,
como Pelé. É fazer um gol como
Pelé”. O rei do futebol inclusive
assinou o prefácio da edição de 2002,
respondendo para o poeta: “O difícil , o
extraordinário, não é escrever mil
textos, como o Drummond. É escrever
um texto como Drummond”.
“Quando é Dia de Futebol” é uma
importante seleção de crônicas do
poeta maior, que transforma o futebol
em sentimento e com palavras nobres
retrata a paixão dos brasileiros pelo
esporte, além de deixar marcados em
suas crônicas os diversos lances e
dribles da fase romântica do futebol .
O segundo pilar para se desenvolver
a resiliência é se perguntar: existe algo
que EU possa fazer para resolver ou
amenizar este problema? Caso a resposta
seja afirmativa, parte-se então para o
plano de ação, ou seja,
Foco no
problema
: aprende-se que em situações
onde se PODE controlar as causas do
estresse, a melhor forma de ação é dar
passos em direção à resolução do
mesmo.
Esta habilidade está associada
à resiliência.
Paul Stoltz descobriu que
existem 4 características/ingredientes
comuns entre pessoas resilientes que ele
chamou de
CORE
. Ele extraiu o que as
pessoas resilientes fazem, o que tinham
em comum, como elas pensavam.
C
-
Primeiro elemento é o
C
de Controle,
tem a ver com duas coisas: a minha
capacidade de controlar ou influenciar a
situação. Aconteceu um problema, deixa
eu ver onde posso controlar a situação,
imagine um círculo, qual a
parte desse círculo eu posso
controlar/influenciar? Uma
pessoa de baixa resiliência
faz uma análise de todos os
itens que ela não pode
controlar, ex: não posso
controlar aqui, nem aqui,
nem aqui... quer saber? Não
tem jeito...
A pessoa de alta
resiliência, quando acontece
um problema, a primeira
coisa que ele pergunta é: dá
pra mexer no quê? Ela sabe
que a maioria dos problemas não pode
ser resolvida de uma vez só, ela não tem
a expectativa que o desistente tem, ou
resolvo o problema todo ou esquece. A
pessoa de alta resiliência sabe que se for
resolver o problema inteiro, vai travar. A
pró-atividade é entender que parte do
problema eu posso resolver, ela se torna
parte do controle.
Aprender o quanto se tem de
controle sobre as situações leva as
pessoas a perceber como reagem às
situações, elas começam a perceber que
existem outras formas de reação. Foco
no problema é uma habilidade que se
aprende através da prática, seguem
alguns passos nessa direção: Passo 1 -
Reconheça os sinais de estresse. Passo 2
- Defina o problema. Passo 3 -
Estabeleça um objetivo. Passo 4 - Faça
uma tempestade de ideias das soluções
possíveis. Passo 5 - Avalie as soluções
possíveis. Passo 6 - Escolha a melhor
solução baseando-se no prós e contras.
Passo 7 - Desenvolva um plano para
colocar a solução em prática e
experimente-o. Passo 8 - Cheque o
sucesso do plano. Passo 9 - Se a
primeira solução não funcionar, tente
outra.