CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 29 DE MAIO A 4 DE JUNHO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
www.circuitomt.com.br
O TEMPO
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
MARIAGADÚEMCUIABÁ
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
cultura@circuitomt.com.br
Finalmente, com a abertura da MUSIVA
em Cuiabá, um novo espaço cultural ganha
a simpatia do público, principalmente ao
apresentar sua agenda de shows e eventos
com qualidade de artistas que há muito
tempo não se via por aqui.
Com poucos dias de inauguração, já
passaram por lá Zezé di Camargo e
Luciano, Pescuma, Henrique e Claudinho,
Marcelo D2, Jorge Benjor e DJs nacionais e
internacionais, e, para este sábado, quem
chega para brilhar na noite da Cidade Verde
é a tão esperada cantora Maria Gadú.
Mayra CorrêaAygadoux, mais
conhecida como Maria Gadú, aos 24 anos é
cantora, compositora e violonista brasileira
de MPB. Em 2010, foi indicada ao Grammy
Latino. Ela foi introduzida à prática musical
ainda na infância. Aos 7 anos de idade, já
gravava músicas em fitas-cassete. Fez
poucos meses de aulas de violão, longe do
suficiente para ler partituras, mas o possível
para compor através da prática. Fez desde
os 13 anos shows em bares e festas.
Após o lançamento do álbum em
meados de 2009, a cantora rapidamente foi
ganhando espaço na mídia brasileira. A
canção “Shimbalaiê”, sua primeira
composição aos 10 anos de idade, foi
incluída na trilha sonora de mais uma
produção da TV Globo, tornando-se seu
‘carro-chefe’.
Um ano depois, recebeu duas
indicações ao Grammy Latino, nas
categorias MelhorArtista Revelação e
Melhor Álbum de Cantor/Compositor.
Foi um sucesso atrás do outro, com
músicas incluídas nas trilhas de “Maysa” e
“Viver a Vida” – a canção “Shimbalaiê”,
uma regravação de “A história de Lilly
Braun” entrou na trilha da minissérie
“Cinquentinha”, deAguinaldo Silva.
Em 2010, participou do show do
cantor sueco-americano Eagle-Eye Cherry,
na Via Funchal, em São Paulo. No mesmo
ano, participou do CD e do DVD da cantora
Ana Carolina, do álbum da Xuxa e ainda
recebeu duas indicações ao Grammy.
O segundo álbum, lançado em 2011,
conta com a participação de Lenine e do
cantor português Marco Rodrigues. Ainda
em 2011, o canal Multishow lançou o CD e
DVD ao vivo “Maria Gadú e Caetano
Veloso”, resultado da turnê que o renomado
artista brasileiro fez ao lado da jovem
cantora e compositora.
Maria Gadú também fez regravações
elogiadas de clássicos do rock e da MPB,
como “Rapte-me, camaleoa”, de Caetano
Veloso, que fez parte da trilha da novela “Ti-
ti-ti” (2010) e “Quase sem querer”, do
Legião Urbana, música do filme
“Desenrola” (2011).
São muitos os motivos para ver essa
estrela da música brasileira em Cuiabá que
ainda tem muito a contribuir com a cena da
MPB. Sábado você tem compromisso com
uma voz incrível e um talento raro: Maria
Gadú – imperdível!
A gente corre contra o tempo. Tudo
tem hora, horário, minutos, segundos.
Quanto tempo o tempo tem? Qual é o
tempo do tempo? Há quanto tempo
medimos o tempo e quanto tempo ainda
vamos medir? Quanto tempo ainda
temos? O tempo de hoje é o mesmo
tempo de ontem? Não se trata de
filosofia. Trata-se de tempo. Aliás, não
são poucos os gênios
matemáticos, físicos, filósofos e
curiosos que, ao longo da história da
humanidade, teorizam o que seria o
tempo. Muitos, fascinados com a
possibilidade de viajar no tempo,
podendo assim, quem sabe, mesurar
melhor a importância do nosso tempo.
– Seu João, já estou ficando tonta –
comenta Gicély Brian, nova assistente
administrativa da empresa, efetivada há
pouco tempo. – Se tempo não é mais o
tempo, isso acontece há quanto tempo?
Às vezes me pego pensando de
como estaremos daqui a uns anos. Não
gostaria que fosse como nos filmes de
ficção: 2077, na terra só vivem robôs;
2104, droids invadem e destroem a lua.
Meu filho e neto ainda estarão por aí.
Não podemos perder tempo e devemos
fazer alguma coisa!!!!!!!!!!
Paradoxo fenomenal.
Perde-se o presente pensando-se no
futuro. Mas sem visualizar o futuro, não
faremos um presente melhor. Incrível
como piscamos os olhos e o tempo
realmente é imponderável, ele passa. E é
inegável que ficamos mais encaixados
com tempo quanto mais o tempo passa.
Essa velocidade que faz, nós seres
humanos, transformar, criar, inventar,
adaptar.
– Temos então de diminuir a carga
horária de trabalho, seu João – dispara a
promissora Sra. Brian.
– Por que, Gicély? Quer me falir?
– O senhor disse que o tempo mudou
e que o dia hoje está mais rápido, o
tempo passa mais depressa, tanto que
uma rotação de nosso planeta duraria, na
sua teoria, 16 horas. Ou seja, o senhor
me deve R$ 135, 76 de horas extras,
somente desse tempo que entrei na sua
empresa, Seu João.
Lembrei do que sabia faz tempo: não
importa em qual tempo, o brasileiro
sempre arranja um tempo de pensar
numa maneira de passar mais tempo sem
precisar trabalhar.