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CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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G
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CUIABÁ, 29 DE MAIO A 4 DE JUNHO DE 2014
www.circuitomt.com.br
ALGODÃO
Área plantada deve aumentar 35%
Produtores estão otimistas quanto à qualidade da fibra e produtividade para a safra 2013-14
Diego Frederici
O cultivo comercial
do algodão foi uma das
primeiras atividades
agrícolas desenvolvidas
no Brasil. Avanços
tecnológicos e vitórias
importantes – como em
2008, na Organização
Mundial do Comércio
(OMC), contra a prática
de subsídios ilegais –
fizeram com que o país
abandonasse o título de
maior importador
mundial da
commodity
,
passando a ser a terceira
nação que mais exporta
esse bem no mundo, num
período de apenas 12
anos. Em Mato Grosso,
os produtores estão
otimistas e preveem
aumento de 35% da área
plantada em relação à
safra 2012/13.
A estimativa é da
Associação Mato-
grossense do Algodão
(Ampa). Segundo a
entidade, que se baseia
em consultas realizadas
com seus associados, a
área de plantio deve
chegar a 617 mil
ha
na
safra 2013-14. Desse
total, 439 mil
ha
pertencem à segunda
safra, que sucedeu as
lavouras de soja. No
total, a expectativa é de
que 925 mil toneladas da
pluma devem ser
colhidas nas
propriedades mato-
DIA DE CAMPO NA FAZENDA LAGOA DOURADA
Recepção:
Inscrições e café da manhã.
Estação 1:
Lançamento de variedades IMAmt e pacote tecnológico. Pesquisadores Jean
Belot, Fabio Echer e Elio Torre – IMAmt.
Estação 2:
Monitoramento de plantas daninhas e nematoides em áreas algodoeiras em
Mato Grosso e uso de marcadores moleculares. Pesquisadores Edson Andrade Junior,
Rafael Galbieri e Leonardo Scoz – IMAmt.
Estação 3:
Controle biológico e manejo de pragas no sistema de produção para o
produtor de algodão e apresentação do software do MIP (Manejo Integrado de Pragas)
para tablet. Pesquisadores Carlos Marcelo Soares e Miguel Soria – IMAmt.
Estação 4:
Levantamento de bicudo emMato Grosso e potencial de Mato Grosso para
o cultivo de mamona. Eng. Agr. Renato Tachinardi e pesquisador Rogério Sá – IMAmt.
Estação 5:
Tecnologia de monitoramento de controle de aplicação e pragas.
Pesquisador Hamilton Ramos – IAC, Edson Minatel – Ablevision e Anderson Orsi –
Eco-Track.
Momento do patrocinador
Almoço
O próximo Dia de Campo do Algodão acontecerá em 21 de junho na fazenda
Lagoa Dourada, em Campo Verde. Essa fazenda pertence ao atual presidente
da Ampa, Milton Garbugio, que investe em Mato Grosso desde 1983.
grossenses.
Milton Garbugio,
presidente da Ampa,
afirma que a maioria dos
produtores está otimista
tanto em relação à
produtividade quanto à
qualidade da fibra que
será colhida, mas chama
a atenção para eventuais
pragas que acometem a
cotonicultura, dizendo
que apesar da presença
constante de
Helicoverpa
SSP
(incluindo a vilã
Helicoverpa armigera
), o
problema maior tem sido
outra lagarta: “De modo
geral, podemos dizer que
os produtores estão
otimistas quanto à
qualidade da fibra,
produção e produtividade
para esta safra. Mas o
agricultor deve ficar
atento a pragas, como a
lagarta-falsa-medideira
(
Chrysodeixis
includens)
”.
Dados da Companhia
Nacional de
Abastecimento (Conab)
apontam que Mato
Grosso continua sendo o
maior produtor de
algodão do país. Segundo
o 8º Levantamento de
Safra do órgão, realizado
em maio de 2014, o
Estado, sozinho, deve
responder por 56% de
toda a produção nacional,
que deverá ser de 1,65
milhão de toneladas.
Dentre os principais
produtos derivados da
matéria-prima, a pluma é
o carro-chefe, empregada
sobretudo na indústria
têxtil. Entretanto, com
apenas quatro plantas
industriais espalhadas
pelo Estado (uma em
Campo Verde e Cuiabá e
duas em Rondonópolis),
o destino do bem se
divide entre o mercado
interno e o externo, cada
um com 50% da
comercialização.
Fora do Brasil, os
principais compradores
do algodão são os países
asiáticos, como Coreia do
Sul, Indonésia, Paquistão
e China. Apesar de
mostrar confiança nos
números da cotonicultura
mato-grossense,
Garbugio também se diz
preocupado com os
custos da produção e a
queda nas cotações do
mercado internacional.
“Nossa preocupação
está focada na falta de
infraestrutura logística de
escoamento da safra e
acesso a portos, bem
como na queda nas
cotações do mercado
internacional, em especial
a desaceleração chinesa”,
avalia.
Fotos:
Divulgação
Segundo a Conab, só o Estado de Mato
Grosso é responsável por 56% de toda
a produção brasileira de algodão
O presidente da Ampa, Milton Garbugio (centro, de boné
marrom), receberá produtores em sua fazenda Lagoa
Dourada, no município de Campo Verde