CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 22 A 28 DE MAIO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
www.circuitomt.com.br
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
cultura@circuitomt.com.br
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
O PAPELDAILUSTRAÇÃO
COACHING
Por Iracema Borges
Iracema Irigaray N. Borges,
mãe de 3 anjos, ama comer tudo com
banana, coach pelo ICI- SP, sonha
em dar cursos na África, Índia,
EUA, onde o destino a levar.
cultura@circuitomt.com.br
iracemairigaray@hotmail.com
DOMINE SUAMENTE
OUALGUÉMO FARÁ...
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo,
vive a vida intensamente.
cultura@circuitomt.com.br
INFINIT
Por Amauri Lobo
O FINAL DO UNIVERSO
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(“... Ganhar e perder acontece entre
as orelhas”. Assim como atletas de alta
performance, pessoas comuns podem
usar a mente a seu favor para obter
sucesso em qualquer atividade. O
mundo está repleto de gente talentosa,
cheia de habilidades, capacitada para
enfrentar os mais diversos desafios.
Mas o sucesso não é garantido a essas
pessoas, uma situação que intriga
psicólogos. Eles chegaram à conclusão
que uma postura mental adequada e o
firme desejo
consciente
de vencer
podem tornar o amador um vencedor –
e isso vale não apenas para esportistas,
mas para qualquer um que queira
realizar com êxito uma atividade que
exija esforço e dedicação...) Extraído da
revista Mente e Cérebro. O início do
sucesso ou fracasso está na forma
como enxergamos o mundo, o nosso
modelo mental, um exercício importante
sugerido no coaching é encontrarmos os
prós e os contras em TODAS as
situações. Se for muito difícil encontrar
os prós em determinadas situações
negativas significa que o sucesso vai ter
um preço muito alto para você. Logo
após o exercício dos prós e contras,
vem a lista de possíveis ações, o
importante neste processo é OCUPAR a
mente com possíveis soluções e desviar
o foco do medo que paralisa e
enfraquece. Separe um tempo na sua
agenda e escolha um ou dois sonhos,
liste a importância de cada um e como
irá se sentir quando alcançá-los. Não
consegue sozinho ou sozinha” Faça
como eu: escolha alguém que irá te
apoiar e cobrar as suas ações e
relembrar o quanto esse projeto, sonho,
meta é importante para você.
Se há uma questão indiscutível no
mercado editorial brasileiro é a altíssima
qualidade da literatura produzida para
crianças e jovens, excelência que já rendeu
ao país dois prêmios Hans Christian
Andersen, a mais alta distinção para
autores dessa área: Lygia Bojunga, em
1982, e Ana Maria Machado, em 2000.
Além de grandes escritores, grandes
ilustradores têm feito igualmente um
consistente trabalho que os colocam entre
os melhores do mundo. A seguir, dê
atenção à seleção de livros ilustrados das
principais editoras do nosso mercado –
todos eles recomendados para leitores a
partir de 2 anos.
A ideia é de Brenman, que convidou o
amigo Moriconi para ilustrar o jogo do
Telefone sem fio
(2011), sem palavras, só
com imagens, o encadeamento de
situações é divertido e bastante
imaginativo. Os desenhos são resultado de
pintura a óleo, tamanho gigante, causando
impacto em cada página.
Já
Raio de sol. Raio de lua
(2012
)
trata-se de um conto popular do Senegal
adaptado para o público infantil por Celso
Sisto, com ilustrações de Mauricio Negro
– que, a propósito, utilizou areia,
pigmentos e grafismos de etnias africanas
para ressaltar o conteúdo narrativo.
O húngaro Istvan Banyai é cultuado
pelo público adulto por suas capas da
revista norte-americana
The New Yorker
.
Entretanto, o artista dedica boa parte de
sua produção visual aos livros ilustrados,
que não são necessariamente voltados para
as crianças. Mesmo assim, eles cativam os
olhos infantis por sua criatividade – caso
de
O outro lado
, (2010) que brinca com o
que está dentro e fora, em cima e embaixo,
quente e frio, perto e longe etc.
Outro trabalho provocante de Istvan
Banyai é a obra
Zoom
(2011), sem
palavras, pode ser entendido de trás para
frente, por exemplo. Suas ilustrações
jogam com as noções de perspectiva: o
leitor fica com a impressão, vez por outra,
de estar se afastando da página. As
ilustrações dessas obras levam a novas
possibilidades de leitura que enriquecem o
objeto artístico, ampliando as
determinações da própria obra.
Quando criança estive por diversas
vezes mergulhado em pensamentos, a
partir do momento em que recebi a
informação de que o universo é infinito.
Primeiro chequei o com minha avó o
que, realmente, significava este adjetivo.
Estarrecido, confirmei que era algo que
não tem fim. A imaginação corria solta:
como assim não acabar nunca? E, antes
de aceitar, tentei imaginar como seria o
final do universo, se ele existisse.
A situação piorou. Sempre que
conseguia criar uma imagem para este
final, ficava uma questão mais
intrigante: e o que viria depois? Um
“outro universo”? A dificuldade em
responder esta dúvida foi tão grande
que decidi aceitar o infinito e, por um
tempo, não me questionar mais. Esta
aceitação foi um grande alívio!
Certas coisas são assim mesmo:
melhor entender que não somos capazes
de compreender e, simplesmente,
aceitar. Se esta é uma questão que
realmente nos incomoda, é saudável
aceitarmos, inicialmente, sem
compreender. A partir daí, sem
tormentas, temos o dever de pesquisar
mecanismos de entendimento e
compreensão.
Os próprios cientistas fizeram desta
forma sobre esta questão da infinitude
do universo. A ciência valida a
proposição de que ele é infinito. Ensina-
se nas escolas e universidades. Mas, se
refletirmos a respeito, veremos que
ainda não se pode comprovar esta
afirmação. Nossa visão universal é
assumidamente míope. A validação
científica se dá por suposição, por
aceitação de que, certas coisas, nos
fogem à compreensão. Mais complexo
do que parece.