CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 22 A 28 DE MAIO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
www.circuitomt.com.br
ACOPA
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
COMBATE ÀHOMOFOBIA
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
cultura@circuitomt.com.br
É sempre bom termos datas para
efetivar a luta contra o preconceito e a
intolerância, pois se não pela educação,
temos que encontrar várias formas de
abordar diariamente assuntos que levem
a população a um entendimento melhor
para viver com as milhares de diferenças
existentes no mundo.
A data de 17 de maio é um dia em
especial para lembrarmos dessa
incessante luta contra a homofobia e a
violência que, banalizada, toma conta do
Brasil. E é só ligar a TV para vermos que
uma mulher foi assassinada por
moradores de seu bairro ao ser
confundida com uma sequestradora
pedófila, ao ter a sua imagem comparada
com um retrato falado e publicado num
blog qualquer de noticias.
Cito este fato porque o que acarretou
esta tragédia foi a falta de informação, a
falta de conhecimento, e é exatamente aí
que entra o preconceito.
A falta da informação, e de se
aprofundar num assunto, leva uma
população a não compreender o outro, o
que, consequentemente, gera os “nós” na
cabeça das pessoas levando-as ao
extremo consenso coletivo de se deixar
levar por uma multidão ensandecida com
falsos julgamentos.
Talvez, e reforçando essa luta, foi
que as embaixadas de Holanda, Reino
Unido, Bélgica, Finlândia, Suécia e a
representação da União Europeia em
Brasília ergueram a bandeira do
movimento LGBT ao lado da bandeira
dos países. O motivo foi a comemoração
do Dia Internacional Contra a
Homofobia, 17 de maio, data celebrada
desde 2004.
O hasteamento da bandeira começou
no ano passado, por iniciativa da
Embaixada da Holanda e teve a adesão de
outros países.
Segundo a embaixada holandesa, o
objetivo é reafirmar o compromisso
desses países de defender a igualdade e
lutar contra discriminação da orientação
sexual e identidades de gêneros.
O vice-embaixador da Holanda, Paul
Zwetsloot, disse esta semana, em
discurso na abertura de uma exposição
de fotografias cujo tema era o combate à
homofobia, que o país enfrenta o
“bullying homofóbico”. Segundo ele, isso
tem provocado aumento da taxa de
suicídio entre jovens lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais.
O vice-embaixador do Reino Unido,
Jonathan Dunn, disse que a ocasião é
mais uma oportunidade de “celebrar” a
diversidade.
Aqui em Cuiabá, junto com tantos
outros bravos ativistas, também
abraçamos esta luta todos os dias.
Diga “NÃO” à HOMOFOBIA.
Weldson Medeiros
Fachada da Embaixada da Holanda em
Brasília, com a bandeira LGBT (esq.)
hasteada ao lado da do país
Muitos amigos gostaram da
comparação que fiz dizendo que tinha
medo de que os legados da Copa
virassem os largados da Copa. Quanto às
obras de mobilidade urbana, ninguém
duvida. VLT, rotatórias, meio-fio, tudo
irá ficar a ver navios. Literalmente, aliás,
visto que quando chove vira um
verdadeiro oceano nossas ruas. Uma
dura realidade. Mais dura ainda quando a
gente tem um filho em idade pré-escolar
e tem que pagar quase Mil Reais de
mensalidade, já que nosso estado não
fornece creches, muito menos escolas de
qualidade. Quando temos de pagar plano
de saúde, pois as policlínicas estão num
estado apocalíptico, transformando o
estado num mero filme de ficção
científica.
Mas isso, infelizmente, não é
novidade pra ninguém. Ainda mais aqui,
em Mato Grosso, terra onde tudo pode.
Fico vendo nas redes sociais,
principalmente, muita gente de classe
média alta, oriundas de famílias que
tradicionalmente inventaram esse tipo de
política que domina os dias atuais,
falando mal da Copa do Mundo. Pura
demagogia. Pura inveja de não estar
roubando também. Por isso declaro
guerra àqueles que se preocupam com a
sociedade tupiniquim só agora. Serei um
black das palavras, pois há muito a barca
está direcionada para o lado errado, há
muito Mato Grosso sucumbe à
corrupção, e pasmem, a Copa não tem
nada a ver com isso. Isso vem desde os
coronéis. Por isso, me deixem em paz,
que vou colocar minha camisa verde-
amarela e pendurar uma bandeira do
Brasil na minha janela. Essa zoeira não é
nenhuma novidade. O Brasil sempre foi
esse poço de decepção. E a única coisa
que às vezes levamos a sério é a nossa
fadada e milionária seleção.