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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 1 A 7 DE MAIO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
www.circuitomt.com.br
CAPITÃOAMÉRICA2
CADEIRA DE BALANÇO
Por Carlinhos Alves Corrêa
Carlinhos é jornalista
e colunista social
cultura@circuitomt.com.br
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
cultura@circuitomt.com.br
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
PRATOS INESQUECÍVEIS
Quando se fala da boa mesa
cuiabana, já vêm à imaginação as
iguarias que nos fazem levar às
profundas viagens gastronômicas de
sabores, qualidades e boas aceitações
no mercado por pessoas de gostos
apurados. Na mesa cuiabana, quando
se fala em almoços, jantares,
aniversários, bodas, outras
celebrações ou simplesmente um chá
com bolo, aí vem o verdadeiro festival
gastronômico de variedades. Os pratos
inesquecíveis são lembrados até hoje
como: a torta branca de Elza
Biancardini, o quindão de Laís Granja
Vieira, o bom-bocado de Tele Vieira, o
cuscuz de frango de D. Galdina, o
sorvete de coco do Seror, o bauru de
Fabico, o casadinho de Belita Costa, o
bolo de arroz de D. Mocinha, D.
Aidinha Epaminondas, o bolo de trinta
minutos, o creme de lei te de D. Eunice
Butakka, a batata recheada de Ica
Biancardini, a esfiha e o quibe de
Deize Santos Costa (Restaurante
Cedro’s), o charuto de Angela de
Souza, a paella cuiabana de Jeane
Biancardini, o filé a tornedor de D.
Catarina, o bobó de camarão de
Marilza, a invenção do cozinheiro
Noêmio, o conhecido escaldado
cuiabano, o filé recheado de Tereza
Bouret, o carneiro recheado de Leila
Malouf, as massas de Zelito Fortunato,
o quibe cru de Rosa Maluf , o arroz de
Braga de Zezita Réche, a maria-izabel
das Cozinheiras de São Benedito, o
doce de caju de D. Lurdes Ol iveira, a
cocada branca de D. Maria
Macedonha, os doces t ípicos de D.
Rita, o francisquito de Rita Bezerra, o
molho à bolonhesa de D. Ondina
Miragla, a ambrosia de D. Elza Nigro,
o pastel de Ana Pinheiro, a carne seca
com banana verde de Isabel Campos e
o strogonoff de Teté Bezerra, a salada
de queijo de Brie com peras de
Fernando Baracat, o ninho de
macarrão recheado com camarão de
Janete Riva, o óbolo de queijo deste
jornalista. É realmente um verdadeiro
festival de pratos inesquecíveis,
boni tos, saborosos, quem comeu uma
vez não esquece jamais do sabor. O
amor da gastronomia cuiabana é de
suma importância na nossa boa mesa.
CUIABÁ, A FÉ RELIGIOSA
Não importa qual é a sua crença, o
importante é a fé que mexe no coração
humano, que vem de uma geração
deixada por nossos antepassados.
Quando se aproxima o mês de maio,
de cara vem a festa de Santa Cruz, a
romaria se encontra para louvar a cruz
que o mestre amado Jesus carregou.
Dia 22 de maio, a multidão de
catól icos se une aos pés de Santa Ri ta
no Asilo. Aí vem a tradicional festa do
Divino Espírito Santo da Catedral do
Bom Jesus, a cidade fica toda em
vermelho e branco, a bandinha
anunciando a festa centenária do
Senhor Divino. Fazendo parte das
tradições cuiabanas, não importa qual
é sua religião, o governador do Estado
recebe as insígnias do Senhor Divino,
na antiga Residência dos
Governadores, com o tradicional chá
com bolo, com as bênçãos dos pães
para começar as visitas das bandeiras
do Divino nos lares cuiabanos. E
assim a multidão acompanha as
esmolas no toque musical da bandinha,
com os festeiros, devotos anunciando
a chegada da Bandeira do Divino, com
foguetórios, e a população se
emociona. Acabou a Festa do Senhor
Divino, começa a Festa de São
Benedito, considerado o Santo Festeiro
da Cidade Verde, cuja esmola vai quase
um mês e 20 dias, visi tas em quase
todos os bairros da capi tal nos
embalos do Hino de São Benedito,
foguetes anunciando a chegada do
Santo Negro. Quando referimos que
Cuiabá é uma capital da fé religiosa,
evento deste quilate movimenta toda a
sociedade cuiabana e mato-grossense,
turistas gerando renda na capi tal e os
eventos religiosos. Se alguns
governantes tivessem visão, adotavam
Cuiabá como marco da cul tura, da
gastronomia, das artes, da
religiosidade, investiam no turismo
religioso.
Capitão América 2: O Soldado
Invernal
, dos irmãos Anthony e Joe
Russo, é o mais recente filme do
universo da Marvel. O estúdio/editora
vem criando uma interessantíssima linha
mestra que conecta todos os filmes de
seus celebrados super-heróis. Dessa
forma, cada filme – mesmo completo por
si só – passa a funcionar como uma
espécie de ‘episódio’ de uma história
maior que, por sua vez, terá seu próximo
ápice em 2015 com
Os Vingadores 2: A
Era de Ultron
.
Voltando ao filme em questão...
diferentemente do anterior, esse
Capitão
América
se passa na atualidade e o herói
que atende pelo nome de Steve Rogers
(Chris Evans) está tentando se adaptar
aos tempos modernos. Toda a trama do
filme é atravessada por um dilema
atualíssimo: a perda das liberdades
individuais em nome da segurança.
Estamos vivendo em uma época
conturbada, onde os mais diversos tipos
de terrorismo desafiam os governos e as
instituições, onde muitas vezes não se
conhece nem mesmo o rosto do
‘inimigo’. Os talentosos diretores
Anthony e Joe Russo tomam esse mundo
real como base e fazem um filme
pertinente, sério (mas com boas doses de
humor) e que cumpre sua função maior
de entreter.
Não considero nenhum exagero
afirmar que
Capitão América 2: O
Soldado Invernal
é o melhor filme da
Marvel até agora. É claro que para fazer
uma afirmação desse tipo é preciso ser
fã do gênero... e é com muita altivez e
orgulho que eu me enquadro nesse pré-
requisito. Encontramos aqui todos os
elementos necessários para se fazer um
bom filme de super-herói: roteiro enxuto
e direto; atuações dedicadas; cenas de
ação de tirar o fôlego; uso sensato da
computação gráfica; narrativa relevante e
conectada com questões atuais; e claro...
uma ou outra cena que desafia TODAS
as leis da física ao mesmo tempo.
Diversão garantida!