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CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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CUIABÁ, 1 A 7 DE MAIO DE 2014
www.circuitomt.com.br
FRONTEIRA
Segurança preocupa produtores rura
O acompanhamento da sanidade animal na fronteira e a segurança dos próprios produtores e familiares são motivo de grande preocupação
DIAMANTINO
Produtores de leite e
peixe serão capacitados
Reciclageméoferecidanaspropriedades
ruraisfamiliarespeloProgramaBaldeCheio
DaRedação
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae) firmou parceria com a Prefeitura de
Diamantino, na regiãoMédio Norte deMato Grosso, para o
fortalecimento do comércio, prestação de serviços e
capacitação aos produtores de leite e peixe.
No segmento da bacia leiteira, o Programa Balde Cheio
é uma metodologia inédita de transferência de tecnologia
que contribui para o desenvolvimento da pecuária leiteira
empropriedades familiares. Segundo o prefeito Juviano
Lincoln, o Balde Cheio vai capacitar profissionais de
extensão rural e produtores, promovendo a troca de
informações sobre tecnologias aplicadas regionalmente e
monitorar os impactos ambientais, econômicos e sociais,
nos sistemas de produção que adotam as tecnologias
propostas, é o que anseia o município. A capacitação e a
troca de informações acontecem na propriedade rural, que
se torna uma sala de aula, chamada de Unidade
Demonstrativa (UD). Além
disso, a programação inclui
aulas teóricas, tanto a
extensionistas como a
produtores.
A partir da estruturação
da propriedade com base nas
orientações do projeto, a
UnidadeDemonstrativa passa
a ser uma referência na
região. Na dia 28 de abril
haverá uma palestra de
sensibilização, às 10h, na
CâmaraMunicipal de
Diamantino.
SandraCarvalho
Produtores rurais da
região do Vale do
Guaraporé, no Oeste do
Estado cobram mais
policiamento e
acompanhamento da
sanidade animal na área de
fronteira entre Mato
Grosso e a Bolívia. A
extensão de 150 km de
fronteira seca abrange 22
municípios e milhares de
propriedades rurais que
ainda sofrem com
problemas de logística e
infraestrutura.
“Vivemos em uma
região muito insegura e
precisamos do olhar mais
atento dos governantes. A
fronteira está abandonada,
há apenas dois pontos do
Gefron na região e as
polícias Federal e
Rodoviária Federal estão
com falta de efetivo
suficiente para atender a
demanda. Esperamos que a
agenda do Pensar MT
sensibilize o governo para
aumentar o policiamento na
região”, destaca o
presidente do Sindicato
Rural de Pontes e Lacerda,
Ogerson Teodoro da Silva.
O acompanhamento da
sanidade animal na
fronteira preocupa o
produtor rural Luciano
Barbosa, que possui
propriedade na divisa com
a Bolívia. Ele destaca que o
Instituto de Defesa
Agropecuária (Indea) não
tem estrutura para realizar
o acompanhamento de
forma eficiente.
“Em propriedades
como a minha, que estão
na fronteira, a vacinação
do gado deve ser feita com
acompanhamento do fiscal
do Indea, mas o órgão não
tem estrutura para isso.
Faltam profissionais e
veículos e quem acaba
pagando é o produtor, que
corre o risco de ter seu
rebanho contaminado e
ainda será multado caso
isso aconteça. Cobramos
muito do poder público
para reforçar esta ação,
que além de segurança é
uma questão de saúde”,
frisa Barbosa.
O presidente da
Associação dos Produtores
de Soja de Mato Grosso
(Aprosoja), Carlos Fávaro,
representante das entidades
do Fórum Agro MT no
Projeto Pensar – que
discutiu a questão em
visita à região Oeste,
comenta que a agenda da
ação está sendo construída
com as demandas gerais do
Estado, entre elas estão a
logística, questões
fundiárias, indígena,
tributária e ambiental,
assim como as
peculiaridades de cada
região.
“Por onde passamos
até agora, cerca de 70%
dos pleitos são
relacionados à logística e
infraestrutura. Mas cada
região tem suas demandas
próprias, como é o caso da
região Oeste, com a
questão da segurança na
fronteira. Este é o
momento exato para os
produtores e a sociedade
discutirem juntos os
problemas, como estamos
fazendo com o Pensar MT
e cobrar melhorias do
governo”, afirma Fávaro.
LOGÍSTICA
O vice-presidente da
região III da Famato,
Alessandro Casado, pontua
as más condições das
rodovias vicinais da região
como um problema que
precisa ser resolvido.
“Muitos produtores não
estão conseguindo nem
chegar em suas
propriedades. Nas estradas
da região, há mais de 20
pontes de madeira
praticamente caindo. Isso
tem que ser trabalhado pelo
governo do Estado como
prioridade”, aponta Casado.
PENSAR MT
O projeto Pensar MT é
uma iniciativa do Fórum
Agro MT, formado pelas
entidades Famato,
Aprosoja, Ampa, Acrimat,
Acrismat e Aprosmat. De
abril até maio, diversos
municípios serão visitados
pelo fórum que fará um
levantamento das principais
demandas do setor
produtivo e da sociedade.
Parte da pesquisa é
conduzida pela Fundação
Dom Cabral (FDC). No
final do trabalho será
elaborada uma agenda
positiva para ser entregue
aos futuros candidatos ao
pleito eleitoral de 2014.
(Com Assessoria)
Da Redação
Produtores do
Assentamento Presidente
e indígenas das etnias
Tapirapé e Karajá já
colhem frutos do
primeiro plantio realizado
em dezembro. A meta do
projeto patrocinado pela
Petrobras, através do
Programa Petrobras
Socioambiental, é
Agricultores e indígenas começam colheita de milho e melancia
Até julho de 2015, o projeto revitalizará 45 hectares de mata ciliar e reconverterá 180 hectares de área degradada em área produtiva
promover o plantio de
agroflorestas como
forma de produção de
alimentos. Os indígenas
já começaram a colher
milho e melancia e a
previsão de colheita dos
assentados é para início
de maio.
Essa primeira
colheita foi exclusiva
para o consumo dos
indígenas. Um dos
propósitos do projeto
Interagir é garantir a
segurança alimentar das
aldeias beneficiadas e
numa próxima fase, após
o plantio das mudas,
iniciar a comercialização
dos excedentes. À
medida que o Projeto der
resultado e o alimento
passar a ser farto, a
intenção é oferecer esse
excedente para
programas como o PAA,
da Conab.
A experiência com
agrofloresta é nova
tanto para os assentados
quanto para parte dos
indígenas. O povo
Tapirapé já é uma etnia
conhecida por utilizar
prát icas agrícolas, mas
o Karajá sempre viveu
da pesca. A meta do
projeto é “interagir”
esse grupo na busca de
uma alternativa
sustentável para a
região, com o uso de
agroflorestas. (Com
Assessoria)
Há apenas dois postos policiais na região e as polícias
Federal e Rodoviária ainda têm baixo efetivo
Os indígenas já estão fazendo a colheita do milho em suas propriedades
As melancias também estão sendo colhidas e são exclusivas para consumo
Após a colheita dos indígenas, será a vez dos assentados