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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 11 A 18 DE JUNHODE 2014
OPINIÃO
P
G
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ENTRE ASPAS
EDITORIAL
Profetas do caos?
#BOMBOUNAREDE
Presidente do Conselho Editorial:
Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
Fundadora:
Flávia Salem
Propriedade da República Comunicações Ltda.
Editor de Arte:
Glauco Martins
Revisão:
Marinaldo Custódio
Reportagem:
Camila Ribeiro, Rafaela
Souza, Diego Frederici e
Renan Marcel
Fotografia:
André Romeu
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Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
“Estamos preparados para o que de
pior possa acontecer.”
Secretário de Estado de Segurança Pública,
Alexandre Bustamante, sobre preparação da
segurança para a Copa do Mundo em Cuiabá.
“A parte de turismo vai envergonhar o Estado de
Mato Grosso, que nada fez.”
Deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) sobre o
andamento das obras da Copa em Cuiabá e região.
“Os pré-candidatos do lado de lá também têm que explicar
muita coisa. Tem pré-candidato que já teve busca e
apreensão e do outro, o coordenador de campanha está
preso.”
Senador e pré-candidato ao Governo, Pedro Taques (PDT),
sobre Julier Sebastião ter sido alvo da Operação Ararath e o
ex-secretário Eder Moraes, preso na Papuda, ter assessorado
Lúdio Cabral (PT) na campanha de 2012.
“O Pedro Taques está tentando apontar a mira
para os outros talvez para não ter que explicar
acusações sobre fatos muito graves.”
Ex-juiz federal e pré-candidato ao Governo do
Estado Julier Sebastião (PMDB) ao rebater
acusações do senador Pedro Taques.
“Existe um apelo muito grande de
empresários do setor do agronegócio
para que eu seja candidato. Minha
intenção é uma disputa pelo Senado.”
Presidente licenciado da Famato, Rui
Prado, sobre o próximo pleito eleitoral.
Uma imagem clicada pelas lentes do
repórter-fotográfico do
Circuito Mato
Grosso
, André Romeu, caiu nas graças da
galera das redes sociais nesta semana. A
foto mostra dois soldados do Exército com
estaturas bem ‘distintas’. A imagem foi,
inclusive, publicada em um perfil de
entretenimento do Facebook com o título:
‘Cadê o pai dessa criança?’ e teve mais de
130 compartilhamentos na rede.
MUNICÍPIOS
Dificuldade na elaboração de projetos
O problema impede que as Prefeituras possam ser credenciadas para convênios em programas do governo federal; AMM tenta atender a demanda
Renan Marcel
Com arrecadação
própria abaixo de 20% da
receita corrente total e
dependente de recursos
repassados pelos governos
estadual e federal, a grande
maioria dos municípios do
interior do estado passa por
dificuldades até para
elaborar projetos iniciais de
obras.
Isso os impede de
serem credenciados em
editais e programas
federais para pleitearem
mais recursos e viabilizar
as obras, uma vez que,
conforme estabelece a Lei
de Licitações (Lei nº
8.666), os projetos básicos
são obrigatórios.
A dificuldade começa
já “dentro de casa”. Isso
porque faltam nos quadros
de funcionários da maioria
das Prefeituras
profissionais como
engenheiros civis,
sanitaristas e elétricos,
além de arquitetos. Esse é
o caso, por exemplo, da
prefeitura de Campo Verde,
distante da Capital 134 km.
Lá, conta o prefeito
Fábio Schroeter (PTB), não
há uma equipe composta
por essas categorias. O
jeito é terceirizar alguns
serviços, com profissionais
autônomos. “Manter uma
equipe com todos esses
profissionais traria um
custo mensal de 30 mil
reais para a Prefeitura”,
justifica. O problema, ele
reconhece, é que os
contratos são temporários e
os profissionais não
trabalham de forma
exclusiva para o Executivo.
Em Santo Antônio do
Leverger, a elaboração de
projetos é ainda mais
complicada. O prefeito
Valdir Ribeiro (PT) diz que
não tem departamento de
projetos e reclama da falta
de recursos advindos dos
impostos municipais. “A
nossa arrecadação é muito
baixa, tanto que estamos
lutando contra a
inadimplência, com contas
a pagar desde 2006”,
desabafa.
Ambos os prefeitos
recorrem à Central de
Projetos da Associação
Mato-grossense dos
Municípios (AMM). Com
cerca de 50 funcionários, a
Central atende todos os 141
municípios do estado que
são associados à
Associação. Coordenadora
Técnica e de Projetos da
AMM, Fernanda Amorim
Torres, relata que a
dificuldade é a mesma em
quase todas as prefeituras.
“Às vezes é porque a
prefeitura não tem
profissional, às vezes é
porque o quadro dela é
deficitário, outras vez é
porque faltam recursos
para terceirizar a
elaboração do projeto”,
elenca Torres.
Ela conta que muitas
prefeituras se unem para
contratar um engenheiro
civil para a região. “Esse
profissional tem que se
deslocar entre três ou
quatro municípios, mas ele
só faz a fiscalização. Não
elabora os projetos”. Em
2013, a Central conseguiu
auxiliar as prefeituras em
1300 projetos, sem custos
adicionais, além do valor
repassado à Associação. Os
municípios de Nova
Bandeirantes e Novo
Horizonte do Norte
conseguiram recursos do
PAC 2, neste ano, na ordem
de R$ 4 mi e R$ 6 milhões,
respectivamente, com os
projetos de rede de esgoto
elaborados pela Central da
AMM.
Ciente da necessidade
de projetos bem elaborados,
o prefeito de Cuiabá, Mauro
Mendes (PSB), criou uma
“exceção à regra” no
estado: setor de Projetos e
Convênios da Prefeitura,
responsável por aprovar R$
220 milhões em convênios
junto ao governo federal,
somente em 2013. . Entre
os novos projetos
elaborados, destacam-se o
Porto Cuiabá, Parque das
Águas, PAC Cidades
Históricas e o novo Horto
Florestal.
Fábio Schroeter (PTB) reclama dos altos
custos para manter uma equipe de projetos
O povo brasileiro bem que tentou se
esforçar para a Copa do Mundo 2014.
Afinal, o futebol sempre foi motivo de
grande alegria para este país verde e
amarelo. No entanto, é visível a apatia dos
torcedores. Muitas promessas e o dobro de
decepções. Obras com falhas grosseiras,
calendários que podem ser cumpridos apenas
em quatro anos e outros e outros que devem
parar na esfera judicial e nunca serem
cumpridos. Mas onde estavam os fiscais da
gestão pública que não exigiram os prazos?
Houve quem exigiu e outros que
aproveitaram os holofotes para divulgar
relatórios que realmente atestavam as falhas
na condução das obras, porém que não deram
em absolutamente nada. Quem denunciou a
falta de planejamento e riscos de prejuízos
imensuráveis aos cofres públicos foi
chamado de profeta do caos pelo governador
Silval Barbosa. Mas as imagens que vemos
diariamente pelas ruas de Cuiabá e Várzea
Grande mostram que os ditos profetas do
caos na verdade estavam zelando pelo
patrimônio público. E que não havia nenhum
interesse em atacar o Mundial, mas cobrar
transparência, eficiência e eficácia, três
itens que nem de longe foram prioridade
desde que Cuiabá foi anunciada como sede
dos jogos. Quanto ao legado, ainda é cedo
para pontuar. Neste caso, é melhor não
profetizar, mas esperar para ver!