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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 5 A 11 DE JUNHO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
www.circuitomt.com.br
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
cultura@circuitomt.com.br
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
TÚPACAMARU, O FILHO DO SOL
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
cultura@circuitomt.com.br
BLOODY
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
cultura@circuitomt.com.br
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
ACIÊNCIADOCASSINO
Se você é fã do inglês
britânico, tem de aprender o
que significa
bloody
, uma das
palavras mais britânicas que
existe. Você pode pegar um
dicionário e ler que
bloody
significa sangrento; mas, no
inglês britânico o uso da
palavra
bloody
vai além desse
simples significado. Como
gíria ou expressão de uso
comum,
bloody
é usada em
vários contextos. De um
modo geral , costuma ser
usada para expressar ênfase
ao que está sendo dito:
It’s bloody hot today. (Tá
quente pra c**ete hoje.)
That’s a bloody good idea.
(P****! Mas que ideia
genial.)
Where’s the bloody car?
(Cadê a m*rda do carro?)
Don’t be so bloody stupid.
(Não seja tão ridículo.)
I had a bloody good t ime
last night. (Me diverti pra
caramba ontem a noite.)
Stop beeing so bloody
arrogant . (Larga mão de ser
tão arrogante.)
Além de ser usada para
enfatizar algo,
bloody
também
é usada para demonstrar
raiva, insatisfação:
I’ve had a bloody awful
week. (Tive uma semana ruim
pra c**ete.)
This computer ’s bloody
useless! It’s always going
wrong. (Essa b*sta de
computador não presta! Vive
dando pau.)
Uma expressão muito comum
com
bloody
é
bloody hel l
,
usada para demonstrar
surpresa ou frustração com
algo.
Bloody hell! I told you not to
do that . (M*rda! Eu te disse
pra não fazer isso!)
What the bloody hel l was
that? (Que m*rda foi essa?)
Como você notou, em
algumas traduções acima
foram usados termos
considerados vulgares em
português. Fiz isso para você
entender que para muitas
pessoas – principalmente os
mais velhos e conservadores
bloody é um palavrão
. No
entanto, o uso de
bloody
nos
dias de hoje é frequentemente
utilizado na TV, rádio, artigos
de revistas e jornais, etc. Isso
mostra que o termo perdeu
(ou está perdendo) o grau de
ofensividade que tinha no
passado. Porém, cuidado! Em
situações formais (entrevistas
de emprego, palestras, etc. ) ,
não é nada legal usar o termo
bloody. O ideal é manter o
nível e evi tar o uso de
palavras tão informais assim.
Ainda mais quando se trata de
uma palavra que pode soar
ofensiva para algumas
pessoas.
De 12 a 16 de maio, o Clube
Filatélico e Numismático de
Cuiabá, representado pelo
presidente Ruben Fábio Ferreira, e
a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, na pessoa de Sirlei
Silva do Couto, integraram a
Semana de Museus da Secretaria
de Indústria, Comércio e Turismo
de Campo Verde. Os visitantes
participaram da oficina
Correios
nas Escolas
e da
Exposição
Filatélica e Numismática
, com
coleções pertencentes a diversos
membros do clube que residem
emCuiabá.
Da coleção de Ruben Fábio
Ferreira ganhei a cédula peruana
de 500 Intis que estampa
majestosamente o rosto de José
Gabriel Condorcanqui, conhecido
por Túpac Amaru II, O Filho do
Sol, descentende imperial dos
Incas. Túpac Amaru deixou as
páginas anônimas da História,
local onde ainda se encontra
grande parte de líderes indígenas
das Américas, ao liderar em 1780
uma rebelião que combateu tropas
espanholas deAntonioArriaga,
enforcado na praça de Tinto,
vilarejo do vice-reino do Peru.
Com sua veste ornada no peito
com um sol dourado, Túpac
Amaru convocou índios, negros e
mestiços para lutar contra a
dominação espanhola. Foram a
revolta do trabalho forçado nas
minas de prata e a longa jornada
de trabalho as causas do
movimento de
resistência. Ao término,
declarou que não
existiammais impostos
e que todos estavam
livres.
Desejoso de
reconstruir o Império
Inca, Túpac Amaru levou a
revolta até às terras sul-
americanas, quando foi
aprisionado, torturado, morto por
afogamento e esquartejado pelos
espanhóis em 1781. José Gabriel
Túpac Amaru II esteve à frente da
maior rebelião indígena da
América, quando
incendiou o
coração dos Andes e inspirou
revolucionários como Bolívar e
Che Guevara
.
Selos postais, moedas e
cédulas são caminhos que podem
ensinar História e consagrar os
feitos dos homens. São
instrumentos que mostram que a
História não é somente escrita
pela classe dominante.
Stephen Hawking é uma
pessoa que impressiona. Este
inglês, professor emérito da
Universidade de Cambridge
(Londres) é, também, portador
da doença degenerativa ELA, que
o imobiliza progressivamente. De
intelecto altíssimo, seu corpo é
funcionalmente inútil. Com a
utilização das mais avançadas
tecnologias é possível ter acesso
à sua vasta contribuição para a
Física e a Cosmologia. É o
grande nome da Teoria do
Universo em Expansão.
Que o universo visível se
expande já era comprovado nos
idos dos anos 1960. Contudo,
pairava sobre esta teoria uma
questão fundamental: o que dizer
dos “buracos negros”? Todos os
estudos apontavam para uma
retração do universo dentro
destes fenômenos. Há uma
espécie de “tempo
negativo” nestes
ambientes. É demais
para nossa reles
compreensão...
A questão é que,
para comprovar a
expansão do universo
diante da existência
dos buracos negros,
Hawking e sua equipe
lançaram mão de um
artifício muito
inusitado: a
contabilidade de um cassino.
Sim, um cassino bem grande,
destes de Las Vegas. Acredita?
Foi comprovando que, em
seu universo financeiro, o
cassino sempre lucra que eles
comprovaram que o universo
sempre expande. E quais seriam
os “buracos negros” da questão?
Os eventuais ganhadores de
boladas polpudas que, no
entanto, pouco
significavam para a
expansão financeira da
casa de jogos. No
fechamento das contas, o
cassino sempre ganha. Ao
final de tudo, o universo
sempre se expande. É
impressionante como o
complexo se simplifica
diante de um bom
exemplo. Complexidade
simplificada.