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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 29 DE MAIO A 4 DE JUNHO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
www.circuitomt.com.br
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
cultura@circuitomt.com.br
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
KUARUP
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
cultura@circuitomt.com.br
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS COMCORES EM INGLÊS
Nesta dica da semana o
objetivo é aprender
expressões
idiomáticas com cores em
inglês
.
out of the blue
*
do nada,
de repente
And completely out of the
blue, it became the biggest
comedy show in the country.
(E totalmente do nada, se
tornou o maior programa
humorístico do país.)
be green with envy
*
estar/ficar morrendo de inveja
I was green with envy
when I heard that my sister
would be going to New York
for a week. (Eu fiquei
morrendo de inveja quando
soube que minha irmã passaria
uma semana em NYC.)
give the green light
*
dar
o sinal verde, permitir,
autorizar
Who gave her the green
light to do this? (Quem
autorizou ela a fazer isso?)
catch someone red-
handed
*
pegar alguém em
flagrante, pegar alguém com a
mão na massa
Richard was stealing the
car when the police drove by
and caught him red-handed.
(Richard estava roubando o
carro quando a polícia passou e
o pegou em flagrante.)
see red
*
ficar/estar puto
da vida, ficar/estar com raiva
When she laughed in my
face, I just saw red. (Quando
ela riu na minha cara, eu fiquei
puto.)
white lie
*
mentirinha boba
Every little white lie you
tell is still a lie. (Toda
mentirinha boba é uma
mentira.)
have the blues
*
estar
triste
Maybe you are just having
the blues. (Talvez você esteja
apenas tristinho.)
red herring
*
distração,
pista falsa (algo usado para
desviar a atenção do assunto
principal)
This whole referendum
thing is just a red herring.
(Essa conversa toda de
plebiscito é só uma distração.)
black and blue
*
roxo
(marcas roxas na pele causadas
por lesões, acidentes,
pancadas)
What happened to you?
You’re black and blue all over!
(O que aconteceu com você?
Você está toda roxa.)
white sale
*
promoção de
itens de cama, mesa e banho
The retailers are kicking
off their annual white sale. (Os
varejistas estão dando início à
promoção anual de cama, mesa
e banho.)
No Univag Centro
Universitário aconteceu
Artefatos no Kuarup:
memória cultural do alto
Xingu
, evento promovido
pelo Centro Cultural
Ikuiapá e integrante da 12ª
Semana de Museus do
Instituto Brasileiro de
Museus. A temática
apresentou o ritual do
Kuarup, uma homenagem
aos mortos praticada pelos
Awetí, Kalapalo,
Kamayurá, Kuikuro,
Matipú, Mehinako,
Nahukuá, Trumai,
Ywalapití e Waurá, povos
indígenas do Xingu. Nas
areias de Morená ocorreu o
primeiro Kuarup, uma
criação do Deus Mavutsinin.
Kuarup dá nome a uma
espécie de madeira e ao
ritual que tem o tronco
como principal artefato
cerimonial. Kuarup
significa
expor a madeira ao
Sol
.
Da mata, Mavutsinin
trouxe os troncos e fincou-
os no chão do pátio da
aldeia. À noite, todos foram
convidados a assistir a
tentativa de dar vida aos
mortos, transformando os
troncos em gentes. Os
casais que mantiveram
relações sexuais ficaram
reclusos em suas casas.
Mavutsinin cantou e dançou a
noite inteira ao redor de
troncos. Chamou o sapo
cururu e a cutia, que
cantaram ao redor dos
troncos. Quando os troncos
começaram a se movimentar
e ganhar vida, a aldeia foi
acometida pela euforia de
todos que assistiam ao
propósito do pajé.
Enquanto isso, um índio
que estava em sua casa
cumprindo ao que Mavutsinin
havia ordenado, em
desobediência juntou-se aos
demais que assistiam
admirados a transformação
dos troncos. Todo o esforço
do pajé em dar vida aos seus
familiares foi perdido pela
ação da desobediência. Os
troncos, que já começavam a
tomar forma humana,
voltaram pouco a pouco a
ficar sem vida. A tristeza que
tomou conta de Mavutsinin
fez com que decidisse
ressuscitar somente as almas
dos mortos. Desde então, os
índios do Alto Xingu
passaram a acreditar que o
Kuarup é um momento em
que as almas dos mortos vão
se libertar para viver em
outro mundo.
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
cultura@circuitomt.com.br
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
SOLNAVIDRAÇA
A luz do Sol atravessa uma
vidraça. Simples. “Dois corpos
não ocupam o mesmo lugar no
espaço”. Façamos disso um
ponto de reflexão, um momento
de análise sobre o quanto certas
coisas postas como verdades
sólidas podem tornar-se
questionáveis a partir de fatos
cotidianos, tal qual um singelo
raio de Sol.
Se falamos de física,
fiquemos por aqui. A física
quântica tem esta denominação
porque sua principal referência
é a unidade “quanta”. Falamos
aqui de conceitos da década de
1910 do Século XX, época em
que se comprovou que a luz tem
massa e sua unidade de medida
foi batizada de fóton. Mas o
fóton era tão ínfimo que, para
utilizá-lo, foi convencionado
que eles seriam agrupados em
“pacotes”. Cada pacote foi
batizado de quanta, ou seja,
mais uma unidade.
A massa da luz foi, então,
trabalhada de forma científica e
validada pela academia. A luz
tem massa. Já pensou nisso?
Esta é uma verdade
cientificamente comprovada e
aceita. Mas raramente ensinada
nas escolas. E por quê?
Acontece que, se a luz tem
massa e o vidro também, o que
acontece quando a luz do Sol
atravessa a vidraça? Dois
corpos ocupam o mesmo
lugar no espaço! E,
aceitando esta afirmação,
muitas leis da física
precisam ser revistas. E,
revendo-as, precisaremos
mudar nossa forma de
pensar e mudar
pensamentos não agrada à
maioria de nós. Nossa
civilização busca apegar-se
às coisas como se elas não
mudassem e, no fundo,
tudo muda. Tal qual este
conceito de corpos e
espaços. Bem complexo,
não é verdade? Ôpa! Eu
disse verdade?