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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 22 A 28 DE MAIO DE 2014
OPINIÃO
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G
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Diretora se demite após morte
A Polícia Civil está investigando se houve negligência na morte de um garoto de 9 anos que estava internado na instituição
Foto: Mary Juruna
Rafaela Souza
Após o início das
investigações sobre a
morte do menor J.C.O.A,
9 anos, a servidora do Lar
da Criança, Eloina
Okazaki Rodigheri pediu
exoneração do cargo de
superintendente alegando
motivos pessoais.
Contudo, apesar de
afastada, o delegado
Eduardo Botelho, da
Delegacia Defesa dos
Direitos da Criança e do
Adolescente (Deddica),
informou que caso seja
comprovada a negligência
no atendimento da criança
dentro do Lar, Rodigheri
responderá pelo caso.
O delegado informou
que ainda falta ouvir
muitas pessoas no caso,
principalmente os
servidores que estavam de
plantão no dia do óbito da
criança, mas que as
oitivas devem ser
finalizadas até o início de
junho.
Outra medida tomada
pelo delegado na apuração
da morte foi o
encaminhamento de um
pedido de investigação ao
Conselho Regional de
Medicina (CRM) para
saber se houve
negligência por parte do
médico que presta serviço
no Lar da Criança.
“Ainda não é possível
fazer o cruzamento dos
depoimentos para saber se
há desencontro de
informações. Contudo, no
máximo até o inicio de
junho a investigação será
finalizada e então
saberemos se será ou não
necessário realizar a
exumação do corpo da
criança e, por fim,
penalizar os responsáveis
caso a negligência seja
constatada”, informou o
delegado Eduardo
Botelho.
ENTENDA O CASO
As investigações
iniciadas pela Polícia Civil
sobre a morte de J.C.O.A
apontam divergências na
informações que tratam
da hora e dos motivos que
ocasionaram a morte do
menor, que estava
internado no Lar da
Criança, instituição
mantida pela Secretaria de
Estado de Trabalho e
Assistência Social
(Setas). As divergências
aparecem entre o laudo
médico do Pronto-
Socorro (PS), a certidão
de óbito e depoimentos da
direção da Instituição.
De acordo com o
atestado médico, a
criança deu entrada no PS
à 1h45 do dia 24 de abril,
já em estado de óbito,
pois não apresentava
sinais vitais, estava gelada
e com a pele arroxeada.
Além disso, a médica que
diagnosticou o
falecimento da criança
informou que o horário
exato do óbito é
desconhecido e que nem
mesmo a acompanhante
do menor soube informar
quando ele começou a
apresentar evidências de
falecimento.
Contudo, a certidão
de óbito do menor
reconhecida em cartório e
assinada por um segundo
médico apresenta
informações diferentes do
laudo emitido pelo PS. A
primeira divergência
aparece quando a certidão
aponta o horário da morte
como sendo às 3h15 do
dia 24 de abril, quando o
laudo indica que a criança
já chegou morta no PS à
1h45. E mesmo sem ter
realizado a necropsia, o
laudo informa que as
causas da morte são
insuficiência respiratória,
encefalopatia crônica
progressiva, kernicterus
[pequena lesão cerebral],
surdez e refluxo
gastroesofágico.
Instantes após ser deflagrada a
quinta fase da Operação
Ararath, ‘pipocaram’ nas redes
sociais fotos e montagens
relacionadas à operação da
Polícia Federal. Entre elas, essa
imagem em que quatro políticos
mato-grossenses, alvos da
operação, aparecem juntos.
“Sou inocente e provarei isso.”
Ex-secretário de Estado Eder Moraes, preso na
quinta fase da Operação Ararath, antes de
embarcar para Brasília.
“Muito bom ver o
progresso feito desde a
última visita à Arena
Pantanal no mês
passado. Agora, a
operação tem que
trabalhar a todo vapor
para transformar a
arena em um estádio da
Copa 2014.”
Secretário-geral da Fifa,
Jérôme Valcke, ao
avaliar a Arena
Pantanal.
“Foi o maior teatro da
face da Terra.”
Colunista social Kharina
Nogueira, sobre delação
premiada de seu ex-
esposo, o empresário
Júnior Mendonça,
referente à Operação
Ararath. Segundo ela,
“peixes grandes” não
foram citados.
“Eu não quero falar muito, porque
não conheço o episódio de perto. Tenho o maior
respeito pelo Silval, temos as melhores relações,
não acredito de maneira nenhuma em
estremecimento das relações.”
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência
da República, Gilberto Carvalho,
ao comentar Operação Ararath.
“Para os delegados federais, essa foi a mais
contundente violência sofrida pela instituição desde
a redemocratização do Brasil.”
Nota da Associação Nacional dos Delegados da Polícia
Federal (ADPF) sobre a determinação do STF de não
permitir declarações à imprensa dos policiais
envolvidos na Operação Ararath.
Lar da Criança vem sendo denunciado por não oferecer
condições mínimas de acolhimento aos internos
O
Circuito Mato Grosso
completa 10
anos esta semana, justamente num
momento histórico para o Estado: o da
prisão de políticos há muito na mira da
Polícia Federal e cujos nomes aparecem
num inquérito que apura crimes contra o
sistema financeiro e lavagem de
dinheiro. A PF agiu com maestria na
condução de mais uma etapa da
Operação Ararath. No entanto, os mato-
grossenses ainda procuram uma
resposta convincente para justificar a
blindagem ao senador Blairo Maggi, cujo
nome é citado diversas vezes no
inquérito policial, porém não teve sua
residência ou gabinete devassados e
tampouco foi convidado a depor.
Forças superiores estariam poupando
Maggi do escândalo. A operação teve
grande repercussão nacional, mas aqui
em Mato Grosso é que foi comemorada,
com direito, até, a fogos de artifício. Os
agentes federais foram vistos como
verdadeiros heróis e as prisões soaram
como um “até que enfim!”. Muita água
ainda vai rolar por baixo da ponte e o
que se espera é que o caso tenha os
devidos desdobramentos. Afinal, é
preciso terminar de montar o quebra-
cabeça. Muitas peças ainda precisam ser
encaixadas.