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CUIABÁ, 15 A 21 DE MAIO DE 2014
Luiz Marchetti é cineasta
cuiabano,
mestre em design em arte
midia, atuante na cultura de
Mato Grosso e é careca.
cultura@circuitomt.com.br
CULTURA
Por Luiz Marchetti
Fotos: Luiz Marchetti
MORRO DE LUZ
Muita atenção, nesta terça 20 de maio, a partir das 16h, tem concentração para uma
performance urbana
coletiva
no Morro da Luz, ali no centro de Cuiabá. O grupo de
performances
COLETIVO À DERIVA
convida a todos para iluminar o Morro da Luz. Cada
participante deve levar uma
lanterna
e ir vestido de preto. A saída começa ao pôr do sol e no alto
do morro o violinista e professor da UFMT OLIVER YATSUGAFU irá entoar a “Chacona”, de
Bach. O morro já deu luz para todos os cuiabanos, mas agora é ele que precisa ser iluminado por
todos nós. INFO: https://www.facebook.com/pages/Coletivo-%C3%A0-Deriva/255646701141126
AINSTALAÇÃOTRANSARQUITETÔNICA
O Cultura em Circuito tem uma dica imperdível para você que vai visitar São Paulo. A
instalação “
Transarquitetônica
”, de Henrique Oliveira, em exposição no MAC USP, é
impressionante. Com curadoria de Tadeu Chiarelli, o artista foi convidado para produzir um
trabalho específico para o térreo do Anexo Original da Nova Sede do Museu de Arte Contemporânea
da Universidade de São Paulo, um espaço concebido por Oscar Niemeyer. Entrada franca no MAC
USP Nova Sede - Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - São Paulo. Horário de funcionamento: terça das
10 às 21 horas, quarta a domingo das 10h às 18 horas e fechado nas segundas.
DANCE COM
GERVANE
No mês de comemoração dos dois anos de sua abertura, a
CASA DO PARQUE
apresenta, com entrada franca, uma série de obras inéditas do artista plástico
Gervane de Paula. A
curadora
da exposição
MAGNADOMINGOS
, esposa do artista e produtora cultural, bateu um papo com o CULTURA EM CIRCUITO
Magna Domingos é
uma das ativistas
culturais mais
respeitadas do Estado.
Num malabarismo
admirável, você
consegue manter a
educação de seus
fi lhos, trabalhar fora e
ajudar o parceiro e
artista plástico a
trazer para o público o
que ele cria no atel iê.
Como você vê hoje
Mato Grosso no
fomento artístico?
Você percebe novos
nomes aparecendo no
horizonte?
Faltam políticas
mais estruturadas,
pensadas nessa proposta
de estímulo à produção
artística. Para que isso
aconteça é preciso um
trabalho institucional
continuado, precisamos
pensar, no mínimo em
cinco anos, o processo
de formação, o estímulo
à pesquisa, a reflexão
intelectual. É necessário
esse tempo pra que
consigamos implementar
e colher resultados com
pesquisas mais sólidas,
identidades próprias e
mais definições. Faltam
oportunidades para
pensamentos mais
críticos, novas pessoas
precisam entrar na
produção, na reflexão
da arte em Mato Grosso.
É necessário, dentro
desta cadeia, que haja
espaços adequados e
apresentáveis, para que
o público receba também
uma proposta educativa,
pois uma exposição tem
uma função também
socioeducativa. Por
quê? Porque ela vai
contribuir na formação
das pessoas por meio da
apreciação. Precisamos,
nos espaços, de equipes
qualificadas,
profissionais experientes
em montagem, em
iluminação. Uma
exposição envolve
muitos profissionais,
como designer de
exposição, eletricistas,
iluminadores, além de
outros serviços gerais.
Temos novos nomes
surgindo, jovens artistas
com esforço enorme
tentando se posicionar
nesse cenário das artes,
mas sem um respaldo de
formação artística.
Não basta apenas
vi trinar
arte e
produção, é
fundamental estar
atento à evolução das
l inguagens que
ocorrem nos grandes
centros. Magna
Domingos consegue
dialogar com essa
engrenagem tão
acelerada das
metrópoles e promover
intercâmbios. Foi
assim durante seu
período na gestão do
PAVILHÃO DAS
ARTES. Magna, o que
você sugere para este
up-date fundamental
nos centros gestores
de cultura em nossa
região?
Primeiramente, ter
um projeto. Todo gestor
necessita de um projeto
bem def inido e a part ir
daí você pensará as
ações. Acredito na
missão de contribuir no
processo criativo
vol tado para a ARTE
CONTEMPORÂNEA,
com debates, exposições,
com grupos discutindo
arte contemporânea,
sempre estimulando o
processo criativo.
Depois o projeto
necessita saber as
dificuldades do Estado,
o que precisa ser
melhorado por aqui e o
que precisamos
desenvolver com
continuidade.
Gervane de Paula é
um artista ícone,
respeitado em nossa
capital . Como é viver
com o artista?
Um exercício diário
de paciência, de
compreensão, para
entender o processo de
criação, que percebo
que é um processo
tenso. Há uma
intensidade mui to
grande nos inícios , nas
obras novas , nas séries
novas . A famí l ia
entende esse processo
t enso de cr iação. E e l e
é mui to di scipl inado na
prof issão dele,
pesquisa mui to, lê
mui to e experimenta.
Os horários são
rigorosos, inicia pela
manhã bem cedo,
depoi s para, vol ta a
pintar e ele
prat icamente f ica todo
o tempo envolvido com
a pesqui sa e a prát ica.
A gent e , a famí l ia
tenta não inter fer i r. Às
vezes é desconfor tável
ver sua casa
transformada num
atel iê, al iás agora
estamos num momento
bem l egal , poi s , com o
novo at e l i ê BOCA DE
ARTE, Gervane f i ca lá
imerso pintando,
recor tando e estudando
instalações . Tudo já
neste novo espaço.
O que o públ ico vai
encontrar nesta
DANCE COM
GERVANE?
Gervane é um
colorista, um artista que
domina as cores. Essa
habilidade está bastante
explícita nesta série. A
exposição traz, além
disso, muito movimento
de festa de dança,
percebemos as formas se
mexendo nas obras. É
BOCADEARTE
Você que vai
admirar a série de
pinturas do artista
plástico
GERVANE
DE PAULA
na
CASA DO PARQUE,
deve conhecer
também o
atel iê do
artista
no bairro
Araés. Ali estão a
venda também obras
de outras séries do
artista. Boca de
Arte: (65) 9983
3346
possível ser provocado
por estes movimentos!
DANCE COM
GERVANE
Está aberta a
Exposição de GERVANE
DE PAULA na CASA
DO PARQUE
INFO: (65) 3365 4789
Entrada franca