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Para sua primeira edição o Circuitinho escolheu para bater um papo Dona Domingas, um símbolo vivo da cultura do Siriri no estado de Mato Grosso. Caminhando aqui e em outros estados ela garante, junto com toda sua família, que o Siriri se manterá vivo para as próximas gerações. Quem por aqui mora, não pode deixar de conhecer, pois a dança é pura roda e alegria, livre e solta como brincadeira de criança. Nesta entrevista, Dona Domingas conta como foi que a brincadeira aprendida com os ancestrais (mãe, avó) virou profissão e promete sobreviver em seus filhos e netos, que já dançam ao som do Cururu, música tirada do mocho, ganzá e, principalmente, da viola de cocho. Vale conhecer, bem ali, na

comunidade São Gonçalo Beira Rio. Dona Domingas é nossa história! Ci rcui t inho - Quem te

ensinou a dançar o Siriri e a fazer ar tesanato com argi la? Dona Domingas - Minha mãe e minha avó, (risos) esses ensinamentos vieram ‘do berço’!

Ci rcui t inho - Que idade você t inha quando começou a aprender a dançar?

Dona Domingas - Eu era bem pequena, tinha sete anos.

Ci rcui t inho - E quando começou a aprender a fazer ar t esana t o?

Dona Domingas - (risos) Tinha sete também.

Ci rcui t inho - Qual foi a pr imei ra mús ica que a senhora dançou?

Dona Domingas - A primeira música que eu dancei foi “Nandaia”. (Uma das mais

Ci rcui t inho - Além do Si r i r i e do ar tesanato, qual out ra coi sa a senhora gosta mui to de f a z e r ?

Dona Domingas - Ajudar aos idosos, como voluntária. Eu gosto muito!

Ci rcui t inho - Qual a melhor lembrança que a senhora tem da sua infânc ia/adol escênc ia? Dona Domingas - Quando eu fui coroada a “Primeira Princesa Dourada” de Mato Grosso. Me lembro que um cantor chamado Doriédson - que era famoso na época - me coroou, eu tinha quase dezessete anos quando isso aconteceu, é um momento que eu recordo com muito carinho, foi muito lindo!